Durante anos a então oposição se utilizava politicamente da retórica da pobreza do Maranhão para atacar e culpar seus adversários. Hoje no poder, esses mesmos agentes são responsáveis pela queda de mais de 10% (3,3% em 2015 e 6,9% em 2016) do produto interno bruto (PIB) do nosso estado, segundo levantamento do jornal O Globo, na edição do dia 6 deste mês. Isso mesmo, com eles no comando, o Maranhão ficou mais pobre.
A culpa destes fatos tão contraditórios é a eterna dicotomia Sarney/AntiSarney, agora repaginada de Comunistas/Sarneistas. Com efeito, os maranhenses merecem um debate mais apropriado de questões importantes como economia, saúde e educação para progredirmos de verdade.
Segundo o mesmo estudo publicado no jornal O Globo, nossa economia encolheu nos últimos dois anos, em média, mais do que a dos outros estados brasileiros. Isso rechaça qualquer argumento de que a queda no Maranhão é apenas um reflexo da crise nacional.
A crise é mais acentuada aqui porque o governo cometeu uma série de equívocos como o aumento de impostos e taxas, a redução de investimentos públicos, entre outros. Na época em que os “comunistas” faziam oposição, a economia do Maranhão crescia a uma taxa média de 6% ao ano, maior do que a média nacional, que registrava 2,7%.
A geração de empregos no atual governo também desabou. Segundo dados do Ministério do Trabalho, em 2013 e 2014, o Maranhão criou 42.478 vagas de trabalho. Nos 2 anos da administração do PCdoB, ao invés de gerar emprego, houve uma redução de 33.996 postos. Tanto o PIB quanto o desemprego são variáveis que compõem outro índice bastante conhecido dos maranhenses e amplamente alardeado pelo governo, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
No último levantamento em 2014, o IDH do Maranhão superou o do Pará pela primeira vez. Os índices de 2015 e 2016 ainda não foram publicados. O verdadeiro debate deve ser: o que devemos fazer para voltar a crescer com responsabilidade social?
Durante a campanha política de 2014, a discussão majoritária girou em torno da danosa dicotomia Sarney/AntiSarney, insuflada pela então oposição que se beneficiou. Não me lembro de um debate sequer sobre como o futuro governo combateria a desaceleração da economia que já dava sinais alarmantes em todo o Brasil.
Poderíamos pensar que o uso da dicotomia seria apenas parte de uma estratégia maquiavélica para ganhar as eleições, que eles tinham um plano de ações eficaz pronto para ser implementado logo após a posse. Entretanto, a realidade nos mostra que não existe planejamento algum e que continuam se utilizando da dicotomia, mas, desta vez, para darem desculpas e se beneficiarem dos holofotes da esquerda brasileira.
A preocupação com números e a realidade dos fatos para podermos agir é mais importante do que ficarmos cegos com um embate que nada acrescenta de fato ao estado. A população quer respostas e não desculpas, ações planejadas ao invés da pura retórica e de marketing político.
O ano legislativo na Assembleia começou neste mês de fevereiro. Aproveito este espaço para me colocar mais uma vez à disposição de todos. Agora como membro da Mesa Diretora quero lutar para fortalecer o parlamento em prol dos maranhenses. Coordenarei também a Frente Parlamentar em Defesa do Micro, Pequeno e Médio Empreendedor, uma iniciativa nossa de apoio àqueles que, com muito esforço, geram empregos e tornam nosso estado cada vez menos dependente da máquina pública.
Em 2017 pretendo dedicar mais tempo para escrever artigos e retomar o meu livro sobre os potenciais do Maranhão. Nesse livro pretendo provar que o Maranhão certamente é maior do que debates estéreis.
Adriano Sarney é economista e deputado estadual
O autor do artigo é de um cinismo inacreditável. A culpa da crise econômica foi gerada por um “CAPITALISMO DE COMPADRES” capitaneados pela aliança desastrosa entre PT/PMDB. A crise é MACROECONÔMICA e somente idiotas ou mal intencionados dizem o contrário. A avidez por cargos públicos, o financiamento público irresponsável, a corrupção desenfreada e o inchamento da maquina pública colocaram o país em recessão, nunca vista antes. E um dos expoentes novamente foi o PMDB com seus CORONÉIS que mandam e desmandam no país desde a redemocratização. Ou ele se esquece que seu pai foi um dos piores presidentes da república? Que os principais ministros que conduziam a política econômica do governo Dilma eram indicações do PMDB, dentre eles um dos Ministros mais influentes, Lobão? Os presidentes das estatais Petrobrás, Correios, Bancos Públicos quem eram? Sérgio Machado, Renato Duque, Silas Rondeau indicações de qual partido? Aponte um só estado em que a economia cresceu nesses dois anos e admito que a crise foi gerada pelo atual governo. E quiçá serão necessários mais 40 e não 4 anos para nos tirar desse atoleiro causado por essa famigerada política de compadres cujo o fruto é uma famigerada dinastia oligárquica cuja único intuito é sugar o povo até os ossos. Escreva para os asseclas analfabetos que consigam tragar suas sandices, os que temem ou dependem de vós para viver. E não são poucos.
Muito bom o artigo do deputado Adriano Sarney, pois demonstra através de fatos e dados que a política econômica do governo comunista não está funcionando e extremamente perversa, digamos assim, pois mexe com o bolso das pessoas e o reflexo disso estão nos índices divulgados recentemente.
Concordo com o deputado Adriano, porque este governo atual fala muito de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é calculado a partir de fatores como renda, educação e saúde da população. Se ocorre recuo no PIB do estado, com prejuízo à renda da população, isso afeta também o IDH. Então, o governo que tanto preza o IDH em suas políticas propagandísticas, na verdade está trabalhando contra o IDH, que vem apresentando decréscimos elevado a cada ano.
O deputado Adriano está certinho e o que impressiona que os que criticam qualquer um que vai contra esse governo comunista são sempre os mesmos. Uma enorme coincidência.
No claro intuito de atingir o atual governo, o nobre deputado e parte da mídia, se valem de uma análise distorcida da reportagem. Quem ler atentamente a reportagem de O GLOBO verifica que os índices alardeados são apenas uma projeção da Consultoria Tendências, baseada a partir do último índice oficial conhecido que é do ano de 2014. Os índices oficias são medidos pelo IBGE e os de 2015 e 2016 ainda não foram divulgados. Portanto, o que foi divulgado é mera especulação. É certo que haverá queda do nosso PIB, porém influenciada pela forte recessão que se abateu pelo país nos últimos dois anos e não só pela falta de ação do atual governo.
http://oglobo.globo.com/economia/recessao-faz-economia-de-12-estados-do-df-retroceder-seis-anos-20878713