flaviodiniocomunistaHá um abismo entre ser apenas um candidato a um mandato eletivo e ser um gestor, store eleito para administrar pelo bem comum. E o governador do Maranhão, ambulance Flávio Dino, sovaldi sale (PCdoB), a cada dia mostra as diferenças entre essas duas fases da sua vida política. O comunista, que quando candidato defendia com unhas e dentes a liberdade de expressão, agora mostra que, como gestor, deve censurar.

Essa foi a decisão de Flávio Dino ao entrar com ação na Justiça para que perfis em redes sociais com sátiras ao seu governo fossem retirados do ar. O governador alega que os perfis foram criados na época das eleições para atacar sua honra e por isso devem deixar de existir.

O problema é que esses perfis, na verdade, pelo menos a maioria, foram criados após decisões do agora gestor Flávio Dino em relação ao funcionalismo público. Em várias contas na rede social Facebook, as decisões de Dino eram confrontadas diariamente com o seu discurso de candidato.

Para o governador do Maranhão, ser questionado com humor significa desonra e isso justificaria a censura. O complicado para o comunista é que quando candidato até reproduzia postagens de perfis falsos de seus adversários políticos. O governador Flávio Dino mantém como seu funcionário comissionado o criador de um perfil falso feito somente para ridicularizar os seus adversários políticos.

Quando é a favor do governador e contra seus desafetos, é liberdade de expressão. Quando o alvo das sátiras é Dino, é desonra, e isso ultrapassa a liberdade que cada cidadão tem ao se expressar. Assim entendeu o juiz Clésio Cunha, que determinou a retirada dos perfis, afirmando que eles extrapolam referências aceitáveis “ao homem público da qualidade intelectual do governador”. Assim é fácil. Para ele, tudo? para os demais, nada.

(Estado Maior)