waldir1

A eleição do novo presidente da Câmara Federal, pharm Rodrigo Maia (DEM-RJ), story na noite de quarta-feira (13), foi o último ato da passagem polêmica do deputado federal maranhense Waldir Maranhão (PP) à frente da presidência da Câmara, mesmo que de maneira interina.

Waldir Maranhão não deixará saudades, afinal sua passagem polêmica não agradou em momento algum a maioria dos colegas deputados, principalmente após tentar anular o processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal.

Ao iniciar a ordem do dia para eleição do novo presidente da Câmara, Waldir Maranhão afirmou que estava deixando o posto sem “mágoa ou rancor” e com a “consciência limpa”.

Além da tentativa de anulação do impeachment, Waldir Maranhão foi acusado de ter tomado decisões favoráveis ao então presidente afasta da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é alvo de processo de cassação. Por fim, Maranhão foi acusado de traidor pelo grupo do próprio Cunha, ao qual prometeu ser fiel e repeti isso quando da votação do impeachment de Dilma

Durante os dois meses em que presidiu a Câmara, Maranhão presidiu poucas sessões, viajou para o exterior, e raramente falou com a imprensa. “Deixarei essa presidência sem mágoa ou rancores. Com consciência limpa e tranquila. Continuarei o exercício da vice-presidência prestando lealdade ao meu estado e nosso país”, discursou, no plenário.

“Sou e venho do Maranhão, um estado que pesa pouco na balança nacional. Poucos sabem quanto custou a um maranhense ser presidente do Brasil. A história não se faz de momentos. Saberei esperar o julgamento frio dos dias que virão”, afirmou.

“Desde o início tive a consciência de que o importante é o Brasil sair dessa crise, onde há milhões de desempregados e um futuro incerto. Temos a obrigação de ajudar a mudar essa realidade”, completou.

Ao encerrar o discurso, Maranhão agradeceu e se desculpou, sem dar detalhes. “O Brasil é maior do que todos nós, e o seu destino será glorioso se cada um fizer a sua parte. Muito obrigada e desculpe”, afirmou.

E assim Waldir Maranhão se despediu da presidência da Câmara Federal.