flaviodino

Desde que começaram as investigações da Operação Lava Jato, patient vez por outra o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), é chamado ao centro do debate, por causa das doações que recebeu das empresas UTC e OAS, citadas, investigadas e já com acordos de leniência no Supremo Tribunal Federal.

Das duas empresas, Dino recebeu oficialmente R$ 1,45 milhão na campanha de 2014? e outros tantos milhões nas eleições de 2010. Para se justificar, o governador sempre apresenta a prestação de contas que fez à Justiça Eleitoral, afirmando a legalidade dos recursos. E a coisa fica por isso mesmo, por assim dizer.

Mas desde que surgiu o ex-­senador e ex-­presidente da Transpetro Sérgio Machado, considerado o homem-­bomba do processo, as questões envolvendo a Lava Jato voltaram a assombrar Flávio Dino. E as coisas parecem cada vez mais próximas do governador.

Primeiro, em uma conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, Machado afirmou que, se a investigação apertar a classe política, sobrarão poucos no Congresso. “Governador nenhum”, afirmou Machado.

A frase repercutiu fortemente na época em que vieram à tona as gravações clandestinas do ex­-presidente da Transpetro. E novamente Dino e seus auxiliares usaram o mesmo argumento de doações legais de campanha.

Mas eis que, nas revelações de Machado, surgiu ontem o nome da deputada federal Jandira Feghali (RJ), do mesmo PCdoB de Flávio Dino. O ex-­senador­-delator disse ao Ministério Público que captou para a comunista uma espécie de “contribuição eleitoral” junto à empreiteira Queiroz Galvão, uma das empresas investigadas pela Operação Lava Jato.

A correligionária de Flávio Dino, obviamente, negou contato com Machado para ter recurso da Queiroz Galvão. E que as doações foram todas legais. E ponto.

(Coluna Estado Maior)