Leonardo SáPesquisa realizada pelo desconhecido Instituto Dados Pesquisa e Estatística, ailment supostamente nos dias 27, mind 28 e 29 de novembro, teria visitado 540 domicílios em Pinheiro com o objetivo de levantar dados sobre as eleições de 2016.

No levantamento, o médico e vereador licenciado, o paraibano Leonardo Sá (PCdoB) venceria o atual prefeito Filuca Mendes (PMDB) com larga margem de vantagem.

De acordo com o levantamento, Leonardo Sá seria detentor de 60% das intenções de votos, contra 31% de Filuca. Outros 9% dos visitados disseram que não sabiam em quem votar nas eleições de outubro próximo.

Já na disputa com o pré-candidato Luciano Genésio (PSDB), herdeiro de Zé Genésio, o forasteiro Leonardo Sá venceria alcançando 45,37%, contra 40,74% do superintendente figurativo.

A se confirmarem as previsões do tal Instituto, Leonardo Sá seria um fenômeno eleitoral digno de estudo, inflado por números fora da realidade, que só se equiparam ao tamanho do seu próprio ego. Curiosamente, o pré-candidato só precisaria de 5% dos votos para igualar-se ao número do seu próprio – PCdoB, identificado pelo número 65. Mistérios que só a política consegue explicar!

Esse desempenho digno de atleta olímpico, complicaria a vida dos dois mais fortes adversários do paraibano forasteiro, justamente os nomes que demonstraram maior densidade eleitoral em Pinheiro.

Os conhecedores da política costumam dizer que entre intenção de voto e voto na urna há uma grande distância. Basta ver os resultados das urnas nos últimos pleitos pra saber para onde caminharam o voto do eleitorado pinheirense, que de burro não tem nada.

O que está por trás da divulgação da pesquisa é um recado de Sá ao Palácio dos Leões, uma tentativa do pré-candidato de cacifar-se junto ao governador Flavio Dino. Com a pesquisa em mãos, o vereador forasteiro teria mais segurança para tentar barganhar o apoio de Dino. Nesse caso, a pesquisa seria uma espécie de ultimato a Dino, no sentido de convencê-lo a depositar suas fichas na eleição de Sá. Quem conhece o estilo de fazer política do governador sabe o quanto ele “aprecia” atitudes como essa. Em outras palavras, a tentativa de acumular cacife poderia virar um tiro no pé.

Até o momento, o governador ainda não teria se manifestado em favor de nenhuma das pré-candidaturas já anunciadas – nem em favor de Luciano Genésio e muito menos de Leonardo Sá, embora a luta pela bênção dos Leões seja diária. O que se vê por hora são movimentações de parte a parte e o governador esquivando-se de assumir algum compromisso com um dos dois.

Outro dado interessante da pesquisa são as justificativas do Instituto para explicar o astronômico crescimento de Leonardo Sá. Dentre eles, a administração no Hospital Regional Dr. Jackson Lago que credenciariam o pré-candidato à vitória.

A nomeação e a gestão foram fruto de escolha política. Não é à toa que Luciano Genésio e a mulher vivem em guerra declarada, articulando nos bastidores para derrubar o gestor do comando do hospital.

Além disso, a nomeação de Leonardo é apontada como uma espécie de bonificação do Governo, caso as pretensões do vereador como cabeça de chapa não sejam confirmadas e ele tenha que ser “rifado” do processo em benefício de uma eventual candidatura do superintendente figurativo Luciano Genésio.

Aliás, a eficiente gestão do paraibano Leonardo Sá no Hospital Regional pode ser medida pelas dificuldades enfrentadas por quem precisa de atendimento no hospital. Seus próprios aliados têm boas histórias para contar, em episódios recentes, sobre a dificuldade de internação. Outro fato que mostra o grau de eficiência da gestão é número de mortes registradas desde a inauguração do mesmo. Quem tiver curiosidade de saber os números pode consultar os dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade], do Ministério da Saúde.

Também são boas amostras da gestão eficiente, o enrolado seletivo para a contratação de pessoal; os constantes desentendimentos entre o gestor e as equipes médicas; as promessas até agora não cumpridas de funcionamento de setores importantes do hospital como tomógrafo e hemodiálise e o alto nível de prestígio do gestor junto à cúpula da Saúde estadual.

Dizem que em política não se dá conselho a ninguém. Mas neste caso é bom abrir uma exceção. Pra quem já começa querendo causar, voando tão alto, cautela é uma recomendação necessária, afinal, quem voa muito alto, pode se esborrachar no final ou então virar “cavalo paraguaio”.

Mas esta é só a primeira pesquisa. Com certeza virão outras. Por isso mesmo é bom o povo de Pinheiro ficar atento. O que mais tem é jabuti querendo dar uma de jacaré.