A prática leva terror às cidades, tamanha a violência e a grande quantidade de explosivos utilizados para garantir, à força, o acesso aos cofres das agências e retirar o máximo ou todo o dinheiro. E o mais agravante é que o risco à segurança e ao patrimônio não atinge somente os bancos. Os imóveis residenciais e comerciais localizados próximo às agências também podem ser atingidos, o que provoca medo maior aos habitantes.
Isso sem falar no risco de as pessoas serem atingidas por balas perdidas durante a fuga dos bandidos, caso sejam interceptados pela polícia. Permanecer na praça ou em frente às casas ou em bares – cena comum em municípios do interior – hoje é um grande risco. Já houve até um caso, neste ano, em que pessoas que estavam em um bar acabaram reféns de bandidos que ainda as obrigaram a carregar o cofre do banco alvo da ação explosiva. Por medo, as pessoas tiveram que ajudar o bando a levar o cofre. Foi o preço da sobrevivência.
E a prática delituosa vai se disseminando pelo estado, pois os bandidos vão passando de um município para outro tendo como principais alvos os bancos, levando consigo também cenas de terror e deixando a população apavorada. Ter banco em uma cidade, atualmente, passou a ser sinônimo de medo, em vez de comodidade e necessidade.
E os prejuízos não são só financeiros para o banco. A explosão também provoca muitos prejuízos para a economia do município e para a população, que fica sem ter como pagar contas, sacar ou depositar dinheiro e utilizar outros serviços, já que na grande maioria dos municípios há somente uma agência bancária.
Ontem, por exemplo, a explosão da única agência bancária existente em Lima Campos – do Banco do Brasil – deixou a população, além de apavorada, sem banco.
Sem unidades funcionando nos municípios, muitas pessoas têm que viajar para outras cidades em busca do serviço, arriscandose também em viagens perigosas e longas e a serem alvos de assaltantes, que acabam ficando de olho nesse movimento de clientes em busca de serviços bancários.