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Grandes partidos seguem indefinidos para 2016 em São Luís

CANDIDATOSPartidos políticos de grande representatividade no cenário eleitoral do país sofrem com divergência interna de seus líderes, unhealthy no Maranhão, em relação à estratégia que deve ser adotada para a disputa das eleições de 2016 em São Luís.

O maior entrave para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), por exemplo, diz respeito a candidatura própria. As duas siglas têm quadros dispostos a colocar seus nomes na disputa, mas acomodam severas concorrências internas.

No PSDB, por exemplo, são três os nomes de pré-candidatos a prefeito de São Luís. O deputado federal e ex-prefeito da capital João Castelo, que figura em colocação até melhor que o atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) em pesquisas de intenções de votos; o secretário de Estado do Desenvolvimento Social e deputado licenciado Neto Evangelista e o ex-secretário de Estado da Infraestrutura e ex-chefe da Casa Civil da gestão passada Luis Fernando Silva.

Apesar disso, a direção estadual tentava conduzir de forma discreta a legenda para uma rede de sustentação à reeleição de Edivaldo Júnior, que tem o apoio do governador Flávio Dino (PCdoB). Foi o que provocou forte reação de João Castelo junto à direção nacional da sigla e a intervenção do presidente, senador Aécio Neves, no diretório estadual, segundo apurou O Estado.

Aécio definiu que o partido terá candidatura própria em São Luís e a direção estadual acatou. O presidente da sigla no Maranhão, vice-governador Carlos Brandão, que até então se mantinha em silêncio em relação ao imbróglio, falou pela primeira vez sobre o tema. “O PSDB em São Luís terá candidato a prefeito”, disse.

A divergência agora diz respeito ao nome que deve ser lançado para o pleito de 2016. Apesar de ser Castelo o quadro melhor posicionado nas pesquisas, o tucano não tem espaços na legenda.

Divergências – No PMDB, a divergência é mais explícita ainda. O presidente do diretório municipal do partido, deputado Roberto Costa, tem se colocado como opositor irredutível ao ex-deputado Ricardo Murad, pré-candidato a prefeito de São Luís.

Roberto tem falado abertamente à imprensa e na tribuna Assembleia Legislativa que não aceitará o nome do correligionário como o “cabeça” de chapa majoritária na capital. No início da semana passada, no entanto, a ex-governadora Roseana Sarney havia admitido a possibilidade da candidatura de Ricardo Murad.

PSB – O Partido Socialista Brasileiro (PSB) também sofre divergência em relação ao projeto eleitoral que deve ser adotado em 2016. Há uma ala que defende a reedição da chapa majoritária com o PTC, do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Outra defende candidatura própria.

O senador Roberto Rocha, que dispõe do poder de forte influência nas decisões da legenda, não descarta se lançar como candidato a prefeito da capital. No início do mês de junho, ele afirmou à imprensa pensar na possibilidade. “Na realidade, nunca tratei desse assunto. Mas confesso que gostei da ideia”, disse.

Após o senador manifestar-se, o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Bira do Pindaré, também falou sobre o processo eleitoral. Ele que no início do ano aceitou convite do governador Flávio Dino para assumir a pasta, com a condição de que abriria mão do projeto eleitoral de 2016, agora repensa o cenário.

“Fui muito bem recebido pelo PSB, onde mantemos um forte diálogo interno sobre o cenário eleitoral. Desde que fui candidato a senador, tendo sido o mais votado em São Luís com 171 mil votos, que eu tento ser candidato a prefeito na capital. Entretanto, seguindo orientação do governador Flávio Dino, prefiro deixar o assunto para 2016”, disse.

Nos bastidores, a informação é de que a reação do secretário Bira do Pindaré, ao senador Roberto Rocha, ocorre por orientação do governador Flávio Dino. Rocha e Dino têm divergências.

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