Carta aberta da Pastoral Carcerária do Maranhão ao senhor governador
A Pastoral Carcerária do Maranhão vem através dessa nota repudiar veementemente as atitudes prepotentes e descontroladas do governador do Estado, Flávio Dino, dirigidas ao nosso coordenador estadual durante uma reunião, no dia 27 deste, com diferentes entidades da sociedade civil em que se apresentava a o projeto de lei da criação do Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura e o Comitê Estadual de Combate à Tortura.
Tudo começou quando o senhor governador, surpreendentemente, iniciou a auto-elogiar o seu governo, notadamente, o atual sistema prisional. Afirmou que com o advento da sua administração tudo teria mudado nas penitenciárias e prisões do Estado: os presos têm defensores públicos, há escolas e professores, não há mais maus tratos e nem repressão, não mais rebeliões e mortes entre presos, e nem tentativas de fugas. Enfim, o que não se fez em décadas de administração pública ele o teria feito em poucos meses.
Diante de tamanha distorção da realidade prisional o coordenador da Pastoral sentiu-se na obrigação moral de fazer observar ao senhor governador que o que ele expunha com tanta convicção não correspondia à objetividade dos fatos. Relatou o coordenador que os maus tratos continuavam com a mesma ou até maior intensidade que antes em todas as prisões do Estado.
Observou que já houve várias mortes de presos nesses primeiros meses de governo, sem falar em fugas, algumas notórias, inclusive, pelo portão principal da penitenciária de segurança máxima em São Luís. Acrescentou que o atual secretário de segurança administra de forma personalista a partir do gabinete dele sem que haja diálogo, visita e comunicação efetiva com diretores, presos e entidades da sociedade civil.
Diga-se, de passagem, que uma recente visita de uma comissão parlamentar à penitenciária de Pedrinhas confirmou tudo isso. A reação do governador deixou boquiabertos não somente o coordenador da Pastoral carcerária, mas também todos os presentes. Visivelmente alterado respondeu ao coordenador que ele não conhecia a história do Maranhão, que a sua era uma postura política, preconceituosa, que ele não tinha senso crítico. Em tom desafiador desconfiou da experiência e conhecimento de causa do coordenador e o acusou de ignorar os avanços e as mudanças que ocorreram no governo dele no sistema prisional.
Diante do exposto gostaríamos de colocar algumas considerações até como forma de ajudar o executivo estadual a encontrar e aprofundar o rumo do diálogo e da aceitação do contraditório como expressão democrática.
1. Como Pastoral carcerária e como sociedade civil cabe-nos a tarefa de acompanhar e defender a dignidade de toda pessoa, e da pessoa toda, principalmente no que tange a população encarcerada do Estado do Maranhão. Solicitamos do senhor governador que apresente para a sociedade dados objetivos que comprovem o que ele afirma com tanta segurança a respeito da realidade prisional. Quantos novos professores, escolas, defensores públicos, por exemplo, foram contratados no seu governo, e em quais casas de detenção estão atuando. Essas eram algumas das informações que esperávamos dele no embate com o coordenador, em lugar de ‘reagir’ da mesma forma que os seus antecessores quando alguém ensaiava ‘arranhar a sua imagem pública’ com dados e argumentações.
2. Queremos acreditar que o seu destempero emocional exibido na reunião – e que produziu constrangimento generalizado nos presentes, – tenha sido algo circunstancial e não uma expressão do seu ‘modus vivendi’, pois estaria colocando em xeque o direito sagrado ao ‘contraditório’ que ele sempre defendeu. Enfim, que reconheça, de fato, para os seus cidadãos o direito da livre expressão, inclusive o de discordar com o ‘servidor-mor’ do Estado, pois isso é democracia substantiva!
3. Na reunião o senhor governador em duas ocasiões alardeou que iria convocar a Pastoral carcerária para ‘sentar’ e debater questões vitais relacionadas ao sistema prisional. Reiteramos aqui a nossa disponibilidade para não somente sentar com representantes do Estado, mas, principalmente, para visitar, apoiar e defender os presos, – sejam eles quem forem, – e seus inalienáveis direitos. Reafirmamos a nossa disposição em sempre denunciar toda tentativa de brutalidade e repressão por parte das estruturas do estado e de outros que queiram reduzir a vida de um ser humano que já nesta pagando seus erros a uma mera ‘peça’ descartável.
São Luís, 27 de junho de 2015
Pastoral Carcerária do Maranhão
Para variar o governador Flávio Dino, ‘prepotente e descontrolado’, reagiu a Carta Aberta atacando a Pastoral Carcerária nas redes sociais e mandou recado para todos que ousarem não ler na sua cartilha.
Pelo visto a máscara de Flávio Dino está caindo e suas características verdadeiras estão ficando a cada dia mais latente.
Caro blogueiro,
Essa tuitada de Dino serviu perfeito como carapuça na cabeça das viúvas da oligarquia natiforme como você!
Meu caro Alex, já te disse que já fui procurado para anunciar no Blog ações deste Governo, mas não tenho interesse, só anuncio no que acredito. Vc pode ficar com mais esse e seguir no seu trabalho. Inclusive me orgulho de ser um gerador de emprego, como é o seu caso, comentarista de blog, pena q é com dinheiro público, mas aí é com o Ministério Público e não comigo;
Despreparados e desqualificado é pouco pra falar desse governador.
Esse cara se acha um Deus mesmo. Quer dizer que qualquer um que discorde dele é porque é venal e tem interesse financeiro. Perdeu o rumo.
É exatamente isso Reis, ninguém pode discordar dele que ele imediatamente tenta denegrir e prejudicar, pior é ainda dizer q o Governo é democrático, a democracia apenas para os calangos e babões;
Quem te viu e quem te vê. Agora com o poder na mão desrespeita até a pastoral carcerária.
Mas isso estava escrito Lorena;
Votei e acredito no governador, mas dessa vez parece ter passado realmente dá conta. Acredito que esteja mal orientado, muito provavelmente pelo raivoso Marcio Jerry, espero que o governador tenha humildade para pedir desculpas a pastoral carcerária.
Não espere nenhum pedido de desculpas JAMAIS de Flávio Dino, minha cara Paula, ao contrário, já acusou quem o questionou;
Esse governadorzinho de M pegou em fio pelado.
Esse é Padre ou mensaleiro? religioso não faz isso, deve ser um falso padre.
Eu votei em Flávio Dino e não voto nuca mas já estou até com saudade de Roseana Sarney
Eu vou fazer campanha para eka de graca so para ver o fim desse comunista.
Sou contra todo tipo de excesso, do governador, do padre, do papa,etc. Mas será que existe uma patoral para aliviar as dores das vítimas desses tão protegidos encarcerados? Quem já foi vítima com certeza se revolta quando vê tantos defensores de monstros. Droga, dificilmente você encontra um inocente lá. Acho que não deveria nem ter cárcere para certos crimes… E quem perdeu o pai, o filho, o irmão, o amigo, pela prática criminosa de um desses desgraçados meliantes? Será que devemos só esperar pela justiça divina? Essa conversa vem enrolando a humanidade há milênios… Então que venha o Juízo Final…
Esse falso padre tinha que ficar era preso e devolver a propina que ele pegou, quantas pessoas foram capitadas em pedrinhas e ele não deu um pio, o que o povo quer, se a governadora era propineira, enrolada ate o pescoço com a petrobras.
Desculpe Antonio Carlos, mas se o padre recebia propina, quem pagou essa propina a ele durante esse ano??? Já sei, #culpa de Roseana rsrs;
E o CONSELHÃO? Que em cada reunião mensal, nós pobres contribuintes colaboramos com a bacatela de R$ 5.850,00, para um número de pessoas que chega a 150 e mais os seus secretários que se reúnem pra quê eu não sei, mas certamente para rir às nossas custas. e pergunto, Isso bem aí Dino, não é mensalinho?
Pior Prazeres é q esse tal CONSELHÃO era condenado no Governo Roseana por Flávio Dino e sua turma, mas quando chegaram no Governo, permaneceram com a mesma prática;
Todos saudosistas das mamatas do passado, ainda irão lamentar por mais 3 anos e 6 meses, no minimo
Já os que estão sendo mantidos com dinheiro público para comentar em blogs defendendo o Governo, esses irão continuar agradecendo por mais 3 anos e 6 meses, meu caro Pedro. Esse inclusive é um dos orgulhos do Blog, ter conseguido ser gerador de emprego;
Amigo Pedro, não meça as pessoas à sua medida, fatos relatados na imprensa já ultrapassaram as barreiras do nosso estado, pois, é lamentável vivermos nessa situação, situação de desesperança por um estado melhor, mas o que se ver é uma minoria de pessoas tirando o sonho de muitos maranhenses esnobando riquezas que não tinham antes e agora fazem questão de exibí – las como se isso fosse um grande troféu em viver as custas da miséria de um povo tão sofrido que depositou tanta esperança nesse governo que defendes com um certo heroísmo. Ah! antes que eu esqueça, estude para passar em algum concurso público, pois três anos e meio, não significa a eternidade. E antes que confundas as coisas, eu não votei em FD e nem para o Lobo Filho por não confiar em suas palavras de campanha, votei no 21 professor Josivaldo Correia!
Governo da mentira.