andreanovaPor Andrea Murad

No início da semana expressei, for sale pela primeira vez, sovaldi sale minha opinião sobre a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão. Desde o final das eleições de outubro, Humberto Coutinho vem anunciando sua candidatura única, acordada com o governador eleito, Flávio Dino, e alguns deputados da próxima legislatura. Nada contra Humberto Coutinho, a quem respeito, porém, como deputada eleita pelo PMDB, partido de oposição ao futuro governo, não posso concordar com a imposição de Flávio Dino que demonstra claramente desejar obter o controle de dois Poderes a partir de 2015: o Executivo e o Legislativo.

Precisamos discutir e incentivar a indicação de alguém que realmente represente a renovação e não o atraso, alguém que não irá apenas obedecer ao governo, mas que poderá questionar quando for necessário e que, acima de tudo, se negue quando o assunto for desfavorável ao povo do Maranhão, este a quem realmente devemos lealdade, compromisso e respeito. Qualquer outra posição é condenável e não terá o meu apoio. Precisamos honrar o nosso eleitorado. Nós fomos eleitos para atender o desejo do povo, com uma nova forma de fazer política, uma política diferente.

Para isso acontecer, precisamos estar mais unidos e o diálogo é a melhor opção para alinhar as coisas. Afinal, sou formada em Comunicação Social, sei bem os resultados de uma discussão saudável onde todos são ouvidos e a decisão tomada seja aquela em benefício de todos. Acredito que na política não devemos pensar individualmente, devemos pensar em grupo porque defendemos uma ideia, temos um objetivo em comum e precisamos estar bem alinhados, por isso tenho certeza que, em breve, o PMDB iniciará essa discussão e eu continuarei defendendo a ideia de que não devemos aceitar Humberto Coutinho como presidente da Assembleia só porque Flávio Dino quer, como forma dele retribuir os favores, por exemplo, de quando foi eleito deputado federal com apoio de Humberto Coutinho. Isso é uma escolha pessoal de Dino e não devemos nos basear nessa pessoalidade na hora de decidir o presidente da AL-MA.

Quanto às especulações de candidatura, não sou e não quero ser candidata a presidente da Assembleia. Tenho outros planos para o início da minha carreira política, honrando meus compromissos sem jamais deixar de lutar por uma oposição responsável, transparente e firme ao governo Flávio Dino, como faz o próprio candidato que disputou com Dino. Lobão Filho é do nosso partido e também já deixou clara sua posição de oposição.

Na minha opinião, não há razões para o PMDB fazer acordo a essa altura com Flávio Dino, porque votar em Humberto é votar de acordo com a imposição do futuro governador. Temos que fazer o nosso papel com seriedade, sem acordos pessoais.

Quero que o grupo tenha um candidato, pois temos muitos nomes, alguns muito experientes, com vários mandatos e, mesmo entre os novos, alguém que se disponha a agir em nome dessa maioria, respeitando o direito de todos os deputados e tratando-os de forma igualitária, respeitando o direito dessa maioria que o nosso grupo elegeu, assim como das minorias e do deputado individualmente. Recordemos o fato de que, em 2011, os deputados desejaram uma Assembleia mais independente e Arnaldo Melo foi consenso. Os deputados da oposição integraram um bloco garantindo a vitória de Arnaldo, a desistência de Ricardo Murad e a derrota de Manoel Ribeiro. Na segunda eleição de Arnaldo apenas deram continuidade ao acordo.

Hoje é diferente. O momento político é de afirmação do grupo que conseguiu ampla maioria na Assembleia. Foram 29 deputados estaduais, uma maioria eleita pelo nosso grupo e que representa milhares de votos. E ir contra isso é trair nossos eleitores. Então, que oposição faremos? O grupo está desalinhado, cada um para um lado e precisamos rever isso.

Quanto a minha postura no Legislativo, muitos não querem entender ou aceitar o fato de que desejo construir um mandato com base nas minhas opiniões e no que for melhor para o povo do Maranhão. Faço parte de uma nova geração na política brasileira que deseja construir um legado diferenciado e com ações novas. Fui eleita deputada, para representar o povo e não para defender os interesses do governo.