GRAÇAPAZA deputada estadual Graça Paz (PSL) voltou a abordar, advice na Tribuna da Assembleia, a discussão sobre as cotas para as mulheres nas casas parlamentares. Ela voltou a defender maior abertura para o sexo feminino nos partidos, como forma de conscientizar a participação.

“São 30%, no mínimo, e 70% no máximo, para ambos os sexos. Infelizmente, nem os 30% das vagas para as candidaturas femininas são preenchidos. E a própria mulher tem dificuldade de se candidatar por vários motivos, porque essas candidaturas femininas não são vistas como as candidaturas masculinas”, afirmou.

A reclamação da deputada Graça Paz pode até ser justa, mas no resto do Brasil, pois no Maranhão a mulher tem sim conquistado importantes espaços na política maranhense.

Vale lembrar que São Luís já teve uma mulher eleita e comandando a Prefeitura, Gardênia Gonçalves Castelo, e foi no Maranhão que uma mulher se tornou pela primeira vez governadora de Estado, com Roseana Sarney no seu primeiro mandato.

Na Assembleia Legislativa, o número de mulheres no parlamento ficou dentro da média, pois na próxima legislatura serão seis, uma a menos que a atual legislatura.

ANDREA-03As deputadas Francisca Primo, Valéria Macedo e a própria Graça Paz (foto acima) se reelegeram e terão ainda as companhias das novatas Andrea Murad (foto), Ana do Gás e Nina Melo. Além disso, das quatro que deixam a Assembleia, apenas Gardênia Castelo não se reelegeu, pois Cleide Coutinho abriu mão da candidatura para o marido (que se elegeu), Eliziane Gama se elegeu deputada federal e Vianey Bringel optou por não disputar a eleição e deve ser candidata a prefeita em Santa Inês em 2016.

Na bancada maranhense da Câmara Federal também não teremos modificação, mas aí de fato o número permanece baixo, afinal, mais uma vez, só teremos uma mulher entre os dezoito deputados federais do Maranhão.

A atual deputada Nice Lobão, que não disputou a reeleição, sai do parlamento e chega a atual deputada estadual Eliziane Gama, que passará a ser a única mulher na Câmara Federal do Maranhão.

Para avançar mais, além dos partidos políticos é necessário que a própria mulher demonstre também mais interesse em participar do processo, pois em muitos casos, algumas legendas têm encontrado enormes dificuldades para colocar o número mínimo de candidatas do sexo feminino nas eleições.