rc1Tem coisas que parecem só acontecer mesmo na Assembleia Legislativa do Maranhão. A PEC (Proposta de Emenda a Constituição) da Reeleição, check de autoria do deputado Rogério Cafeteira (PSC), hospital que prevê a extinção do instituto da reeleição para a Mesa Diretora da Assembleia, inexplicavelmente, parou na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

A inexplicável votação da CCJ revoltou o autor da PEC, que da Tribuna da Assembleia criticou fortemente a decisão.

“Tive a surpresa quando cheguei a Casa de saber que a PEC da Reeleição, de minha autoria, foi negada na CCJ. Eu fiquei surpreso por dois motivos. O primeiro é que não existe nenhum razão legal para que ele não fosse admitido. Nenhuma. Depois porque a Casa já votou indo e voltando, esse mesmo assunto. Então se das outras vezes votou, por que agora ele não é mais admissível? A Constituição não mudou e como ele ficou inconstitucional?” questionou Cafeteira.

O deputado ainda demonstrou muita chateação com alguns colegas, principalmente aqueles que não conseguiram se reeleger e, segundo Cafeteira, estão em busca de espaço no futuro governo Flávio Dino.

“A situação é tão absurda, tão vergonhosa, que aqui as pessoas já não precisam nem ouvir o rei. Eles imaginam o que o rei pode está querendo e já se agacham para se colocarem na posição de subserviência”, assegurou.

Rogéria Cafeteira também acabou, mesmo que indiretamente, mandando recado para o deputado eleito Humberto Coutinho (PDT), até o momento candidato único do futuro governo.

“É que tem gente se achando já futuro presidente da Casa, e futuro presidente reeleito. Acho que esse pessoal devia prestar atenção na história recente desta Casa. Esta Assembleia não se curvou, naquela época, à governadora Roseana Sarney, que, se fizermos um paralelo, tinha muito mais poder, supostamente, do que o governo que aí vem se instalar. Quem decidirá o futuro presidente da Assembleia serão os 42 deputados estaduais e não o governador. É bom não esquecerem olhar pelo retrovisor o que aconteceu recentemente aqui”, finalizou.

Rogério Cafeteira assegurou que irá recorrer ao Plenário da decisão, realmente inexplicável, da Comissão de Constituição e Justiça.