Os números do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) revelam que Flávio Dino arrecadou, durante a campanha, o valor de R$ 8.409.770,51 para um gasto bem superior que chegou R$ 9.350.535,80, relativo a serviços prestados por terceiros, transporte e eventos de promoção de candidatura.
O governador eleito também acumula dívidas de campanha em relação às movimentações do Comitê Financeiro do PCdoB. Ao todo, Dino acumulou de receita o equivalente a R$ 3.749.658,11, mas gastou R$ 6.572.407,41.
O Estado tentou falar por telefone com o governador eleito a respeito dos dados levantados na reportagem, mas não obteve êxito. Flávio Dino não atendeu a nenhuma das ligações feitas para o seu celular.
O presidente do PCdoB e futuro secretário de Articulação, Marcio Jerry, que atuou como um dos coordenadores da campanha de Dino, também não atendeu às ligações feitas ao seu celular. Da mesma forma, a assessoria de comunicação do governador eleito não atendeu as ligações, e até o fechamento desta edição, não respondeu às mensagens de texto, muito menos ao e-mail encaminhado.
Outros casos – O levantamento da Folha informa, também, que as campanhas dos 13 governadores que venceram as eleições no primeiro turno, incluindo Flávio Dino, custaram, no total, R$ 277 milhões.
Com despesas que vão de R$ 1,8 milhão a R$ 52,1 milhões, o preço do voto – relação entre as quantias desembolsadas e o resultado das urnas – também registrou grande variação entre os eleitos. Quem mais gastou, proporcionalmente, foi o senador Pedro Taques (PDT), governador eleito de Mato Grosso: R$ 35,46 para cada um dos 833,7 mil votos que recebeu.