wellingtonDe O Estado – Insatisfeito com a situação do PPS na coligação oposicionista que sustenta a pré-candidatura do comunista Flávio Dino (PCdoB) e sob a alegação de quebra de acordos políticos, link o presidente municipal e vice-presidente estadual da legenda no Maranhão, pharmacy Wellington do Curso, pretende rediscutir o projeto de candidatura própria do partido na eleição majoritária.

O PPS, até o mês passado, defendia a tese de terceira via, com a candidatura ao Governo do Estado da deputada estadual Eliziane Gama, mas acabou abrindo mão da majoritária, seduzido por propostas dos comunistas.

De acordo com Wellington, o partido foi atraído para a coligação oposicionista, principalmente pela promessa de formação de duas chapas para a disputa da proporcional. Uma maior, com partidos como o PDT, PSDB, PSB e PCdoB, e outra menor, com o PPS, PROS e SDD. Flávio Dino, no entanto, já demonstra que não cumprirá o acordo, e, pressionado por aliados, sustenta agora a formação de apenas uma chapa.

“Não estou remando contra a maré, porém, como um dos dirigentes do PPS, tenho a preocupação em viabilizar a candidatura proporcional dos nossos pré-candidatos e defender o meu partido. O que está acontecendo no momento é justamente a quebra de acordo com o PPS”, afirmou.

De acordo com o popular-socialista, uma ala do partido está insatisfeita com o tratamento dispensado por Flávio Dino. “Acredito que tenho legitimidade para me posicionar desta forma, até porque sequer estive presente no encontro que definiu a aliança entre o PPS e o PCdoB. Jamais estive com Flávio e sempre defendi o projeto de candidatura própria. Ninguém pode dizer que em algum momento estive com Flávio Dino”, acrescentou.

Segundo Wellington do Curso, esse é o momento de o partido iniciar uma rediscussão do seu posicionamento na eleição 2014. Para ele, caso não haja cumprimento de acordos junto aos demais partidos da oposição, o PPS pode e deve resgatar o projeto de candidatura própria.

Traições – A postura do comunista Flávio Dino (PCdoB) de não manter os acordos políticos firmados com partidos e lideranças provoca desconfiança e já afasta aliados, principalmente no interior.

A primeira quebra de acordo traumática ocorreu logo no início do ano, quando o PCdoB traiu o PDT e negou espaços ao partido na formação da chapa majoritária. Os pedetistas defendiam a prerrogativa de indicar o candidato a vice-governador após terem fechado acordo político com o comunista em 2012.

Nesse ano, na verdade, Dino já havia provocado um racha entre aliados, após ter montado um consórcio e prometido o lançamento de uma candidatura democraticamente, quando, ao contrário, impôs o nome de Edivaldo Holanda Júnior (PTC). Na ocasião, os demais membros do consórcio, Eliziane Gama (PPS) e Tadeu Palácio (PP), se afastaram do comunista e lançaram candidatura própria. Outra traição de Dino se deu com a presidente Dilma Rousseff (PT) e com o Partido dos Trabalhadores. Após ocupar a presidência da Embratur, o comunista fechou aliança com Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), dois dos mais agressivos adversários da petista.

Para os aliados, essa falta de compromisso do comunista tende a aumentar, caso ele seja governador do Maranhão.