A disputa eleitoral para o Senado da República por dois ou mais partidos políticos que formam coligação majoritária para o cargo de governador provoca divergência jurídica entre especialistas do Direito Eleitoral no Maranhão.
Para alguns, see é impossível que partidos já coligados a um só candidato a governador lancem candidaturas independentes ao Senado. Para outros, nada impede que cada partido lance o seu próprio nome para a disputa ao Senado, mesmo que a legenda tenha se coligado com outras siglas para uma candidatura majoritária ao Executivo.
Cada especialista utiliza fundamentação jurídica para a defesa de sua tese. O imbróglio envolve diretamente a disputa para o Senado pelos grupos políticos que protagonizam o cenário eleitoral no estado.
No grupo oposicionista, os partidos PCdoB, PSB, PDT, PROS, PPS, SDD, PTC, PP defendem a pré-candidatura do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), ao Senado. O PSDB, no entanto, que indicou o deputado federal Carlos Brandão como candidato a vice-governador, pode acabar lançando o ex-prefeito João Castelo (PSDB) na majoritária.
Castelo tenta se consolidar e busca apoio de partidos políticos para ser candidato ao Senado. Ele explica que depende tão somente da legenda de seu partido para lançar-se como candidato. “Sou candidato ao Senado pelo PSDB e quem quiser ser candidato que dispute comigo pelo seu partido. A candidatura ao Senado é majoritária e independente”, afirmou.
Posicionamento – Sobre o posicionamento de Castelo, O Estado obteve, há cerca de um mês, o posicionamento do advogado e especialista no Direito Eleitoral Daniel Leite, que trata especificamente do assunto. Na oportunidade, Leite explicou que, segundo a Resolução 23.289 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), editada em resposta a uma consulta do deputado federal William Boss Woo em 2010, há a possibilidade de dois partidos coligados para o candidato ao Governo lançarem candidaturas independentes para o Senado.
“[…] constituída a coligação, exclusivamente, para Governador, cada um dos partidos integrantes dessa aliança pode apresentar candidato próprio ao Senado Federal ou deixar de disputar este cargo. Nessas circunstâncias, de referência a tal cargo eletivo, não há falar em coligação; esta estaria limitada ao cargo de governador. Cumpre entender, porém, nessa linha, que, não obstante a coligação explicitamente deliberada para Governador, exato é que os partidos dela integrantes não podem ficar, por esse motivo, impedidos de concorrer isoladamente a senador […]”, destaca trecho fundamento pela Corte em 2010, extraído da Resolução nº 20.126, de 12 de março de 1998.
Por esse entendimento, o ex-prefeito de São Luís pode sair candidato a senador sem que o PSDB deixe o grupo oposicionista necessariamente do ponto de vista jurídico.
Divergência – O advogado Marcos Lobo, também especialista na área do Direito Eleitoral, no entanto, diverge da tese apresentada por Leite e entende que, dos partidos coligados para o cargo de governador, apenas um poderá lançar o candidato ao Senado. “A eleição é majoritária, e da mesma forma que só pode haver um candidato a governador e um candidato a vice-governador, também só poderá haver um candidato ao Senado”, explicou.
Ele fundamentou o seu posicionamento com base na Resolução nº 72971/2010 do TSE, do qual o ministro Hamilton Carvalho foi o relator.
“Não é possível a formação de coligação majoritária para o cargo de senador distinta da formada para o de governador, mesmo entre os partidos que a integrem”, destaca trecho da ementa.
Caso haja dois ou mais candidatos ao Senado pela coligação oposicionista, no entanto, é natural que o tema seja tratado no âmbito da Justiça Eleitoral, que se posicionará em definitivo sobre o tema para a eleição do mês de outubro no período do registro de candidatura.
Governistas podem ter mais de um candidato
No grupo governista também há a possibilidade de dois ou mais partidos que sustentam a pré-candidatura a governador do senador Lobão Filho (PMDB) lançarem nomes para o Senado. Dois partidos já manifestaram a intenção de lançar candidatos a senador: PEN e PV.
Por enquanto, dentro do grupo governista somente o nome do deputado federal Gastão Vieira é apresentado oficialmente como pré-candidato a senador da situação. Segundo Vieira, até o momento, não houve qualquer intenção apresentada pelos seus aliados de lançar outras candidaturas para o Senado.
“Até o momento, somente existe meu nome como candidato ao Senado. O que não impede que eventualmente outro partido do nosso grupo se manifeste para lançar outro candidato a senador. Mas desconheço qualquer manifestação que possa ser apontada como uma possibilidade de outra candidatura”, afirmou Gastão Vieira.
Diferentemente do que disse Gastão Vieira, dois partidos já anunciaram publicamente a intenção de entrar nessa disputa. O PEN já confirmou a pré-candidatura de Heber Waldo Costa, o pastor Bel (segundo suplente de senador do ministro Edison Lobão), que fará o lançamento de sua candidatura em Pedreiras.
O PV também pode ter como candidato a senador. O ex-secretário de Estado do Meio Ambiente, Washington Rio Branco. Ele defende a coalizão de forças entre um grupo de partidos para a formação de uma coligação independente, para a disputa da eleição.
“Com a anuência da direção nacional do PV, nós já estamos discutindo de forma bem ampla a candidatura própria ao Senado. Estamos vendo a possibilidade, na esfera jurídica, de lançar candidatura mesmo integrando a coligação com o PMDB, que tem o seu pré-candidato, e analisando a possibilidade também de formar uma coligação com outras siglas e lançar candidatura tanto ao Governo quanto para o Senado”, afirmou.
Ontem, 14, foi realizada a Convenção Nacional do Partido Verde, em Brasília. Eduardo Jorge (PV-SP) é nosso candidato a presidência e Celia Sacramento (PV-BA) é nossa vice. Também foi aprovado nosso nome pela direção nacional para concorrer ao cargo de senador pelo Maranhão.
http://www.youtube.com/results?search_query=maranhao+na+convencao+nacional+do+partido+verde
QUEM É MESMO ESSE WASHINGTON RIO BRANCO? ELE MORA AQUI EM SÃO LUÍS? FOI INDICADO AO CARGO DE SENADOR DA REPUBLICA?
PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UMA MUDANÇA NO REGIME POLITICO BRASILEIRO, PORQUE ESSE ATUAL ESTÁ FICANDO SEM CREDIBILIDADE.