litia002A promotora de Defesa do Consumidor, case Lítia Cavalcanti, medicine em entrevista à Rádio Mirante AM, confirmou que o Ministério Público estará protocolando uma ação nesta terça-feira (03), contra a Prefeitura de São Luís, pelo não cumprimento de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado em 2010, ainda na gestão do ex-prefeito João Castelo.

O TAC previa a licitação do sistema de bilhetagem eletrônica e a abertura de processo licitatório para o sistema de transporte público da capital maranhense. O TAC foi assinado em 2010 e já foi prorrogado em outras três oportunidades, uma na gestão do atual prefeito Edivaldo Júnior, que será concluído em 30 de julho deste ano.

Além da situação atual do transporte público de São Luís, em greve durante 13 dias, a promotora alega que a própria prefeitura, através de dois secretários – Rodrigo Marques (Governo) e Canindé Barros (SMTT) – afirmaram que o processo licitatório para o sistema de transporte só aconteceria em 2015, descumprindo assim o prazo do TAC, na sua última prorrogação.

“Como nada foi feito, não nos resta alternativa a não ser executar a Prefeitura de São Luís pelo não cumprimento do TAC”, afirmou a promotora.

A ação proposta pelo MP prevê que a Prefeitura de São Luís realize imediatamente a licitação do sistema de transporte e se responsabilize em repassar os valores regulares para a “sobrevivência” do sistema e a volta do transporte público da capital.

Em suma, pela ação a Prefeitura de São Luís terá que repassar bem mais do que os R$ 2 milhões já repassados ao SET (Sindicato das Empresas de Transporte) para que o reajuste dos funcionários seja concedido e a frota de ônibus seja renovada, sem aumentar o valor da passagem, como inclusive já se comprometeu o prefeito Edivaldo Júnior.

O problema agora é saber se a Prefeitura de São Luís, que já enfrenta problemas financeiros, terá como custear esse eventual repasse mensal.

Oficialmente a Prefeitura de São Luís ainda não se manifestou, mas o Blog já teve informações que o processo de licitação já teria sido encaminhado para a CPL (Comissão Permanente de Licitação) do Município. Além disso, a prefeitura deverá alegar que o prazo do TAC ainda está em vigência e por esse motivo o Município não poderia ter sido executado.

Pelo visto, é mais um problema histórico, se arrasta há três gestões, que caberá ao atual prefeito Edivaldo Júnior solucionar.