Outro dia, order ao sair do cinema, treatment um cidadão se aproximou de mim e disse gostar muito dos artigos que público aqui nesse espaço, que os lê sempre e que gosta tanto do conteúdo como da forma com que abordo os temas, mas, que às vezes, acha que meus textos são um pouco longos. Hoje, em sua homenagem, farei o possível para encurtar a conversa, até porque o assunto é realmente curto. É apenas uma mera constatação.
Existem pequenos ingredientes extremamente importantes na política. São coisas que acontecem independentemente de quaisquer fatores, quase sempre casualmente.
Entre estes ingredientes inerentes à política, alguns são mais visíveis e simbólicos do que outros. O fato novo, por exemplo, é qualquer coisa que venha mudar o quadro de dormência no qual a política cai de tempos em tempos. É algo indispensável para arejar o ambiente político, muitas vezes impregnado de inércia, de apatia e de acomodação, todas essas, coisas prejudiciais e nocivas à boa política.
Fato novo seria a saída de Roseana do cargo de governadora para disputar o Senado. Isso faria com que as mudanças resultantes do novo contexto apresentassem novas características, novos posicionamentos de governo, faria com que novas práticas fossem implantadas, independentemente delas serem melhores ou piores.
Fato novo foi a desistência de Luís Fernando da disputa pelo cargo de candidato a governador. Isso nos obrigou a escolhermos outro candidato, o que nos deu a possibilidade de nos aproximarmos mais dos políticos, de termos um novo discurso.
Fato novo foi a indicação de um candidato a vice-governador do PSDB e o veto a um indicado pelo PDT, na chapa de Flávio Dino.
Fato novo será a escolha dos candidatos ao Senado em ambas as chapas majoritárias. De um lado, sendo Arnaldo, haverá consequências. Para ser Gastão é preciso que haja outras circunstâncias.
O mesmo ocorrerá caso João Castelo seja candidato a senador ou caso o seja Roberto Rocha. Fato novo de extrema relevância será os dois serem candidatos ao Senado.
Fatos novos podem ser mais ou menos importantes, isso dependerá das motivações e da capacidade que os políticos possam ter de aproveitar esses fatos. Fazer bom proveito de uma determinada situação requer inteligência, sagacidade, coragem, habilidade e sorte.
Esse texto já estava pronto e entregue ao editor responsável quando surgiu uma ameaça de fato novo e por causa dela resolvi reescrever o seu final, pois eu havia esquecido de comentar sobre outro tipo desse ingrediente da política. O fato novo falso. A disseminação de notícia inverídica com o intuito de criar um clima que possa levar realmente a acontecer uma mudança no quadro. Um fato novo falso dando consequência a um fato novo real.
Orquestradamente alguns jornalistas começaram a espalhar que Lobão Filho não seria mais candidato a governador. Os motivos inventados foram os mais diversos. Ele estaria doente, muito mal. Ele havia se desentendido com a governadora Roseana por causa de uma pergunta capciosa de um jornalista paulista. Ele havia desagradado alguns membros do governo, entre eles o influente secretário de saúde Ricardo Murad. Todos motivos absurdamente tolos.
Caberia aqui algumas perguntas bem simples e diretas. Quais seriam os indícios de veracidade dessa notícia? Havia algum indício que corroborasse no sentido de confirmar esse boato? Edinho estaria muito doente? Incapacitado? A resposta é não. Existe uma ruptura interna no grupo que o apoia? A resposta é novamente não, pois esse grupo pode cometer muitos erros, mas sabe que uma ruptura nessa altura do campeonato seria fatal. Existe algum candidato do mesmo nível, ou mesmo inferior a Lobão Filho, disponível? Não. Logo, como diria Sir Arthur Conan Doyle, pela boca de Sherlock Holmes: “Quando você elimina o impossível, o que restar, não importa o quão improvável, deve ser a verdade.”
Havia uma justificativa para cada propagador da marmota. Ocorre que quem inventou isso tudo se esqueceu que esse filme é velho, já o vimos antes. Lembra quando espalharam por aí que Jackson Lago não poderia ser candidato em 2010, pois era inelegível? Pois é! É a mesma velha jogada com outro time. Acredito até que nas duas ocasiões o mentor intelectual tenha sido o mesmo.
Toda essa lengalenga serve para provar que é uma grande fraude a mudança que teremos caso nossos adversários vençam as próximas eleições. Eles vão misturar dois modus operandi, o irresponsável e temerário da juvenil e neófita política universitária e o patrimonialista e oligarca de seus declarados adversários.
Espalhar que Lobão Filho não seria mais candidato a governador só serviu para colocá-lo ainda mais em evidência, só deu a ele e à sua pré-campanha mais espaço na mídia e mais visibilidade.
Antes, quem nem sabia que ele era candidato, agora irá saber que seus adversários estão com tanto medo de sua candidatura que estão espalhando o boato de sua desistência.
PS: Fiz de tudo para esse texto ser menos extenso, mas acabei não conseguindo, pois algumas pessoas não me deixam.
Comentário do Blog: principalmente pela parte final do texto, o título da bela postagem de Joaquim Haickel bem que poderia ser “O tiro saiu pela culatra”.
Verdade sim, usaram a estratégia errada, afinal deram mais midia para o Edinho. Eita oposição burra da porra.
O teu comentário com ” tiro pela culatra ” e outra vez “tiro no pé”, demonstra quem realmente se incomoda com o outro lado.
Jorginho, aqui mesmo neste espaço, na quinta feira você fez uma postagem que eu comentei como chamada na catraca. Naquele post você disse que Edinho sairia vencedor de qualquer forma e que o cruzamento de braços traria prejuízo ao grupo. Ora amigo, o que você escreveu casa com fatos como a ausência do Ricardão no evento da Assembléia. Casa com a ausência de Fábio Câmara na reunião de Edinho com os vereadores, ou seja , ainda que as ausências tenham outras explicações, são fatos que quando ocorrem na oposição, são fartamente explorados na blogosfera de vocês como tem sido a questão do PDT, a questão do Senado e por aí vai. Dos entendimentos da oposição até a exploração por vocês é tudo normal e do mundo da política. Até a eterna ADOLESCÊNCIA de Joaquim é parte normal da vida.
Meu caro Toinho, acho q não sou eu quem está incomodado amigo, afinal é vc que sempre vem aqui contestar rsrs. Com relação a minha postagem, jamais citei o nome de Ricardo Murad, estava me referindo a questão dos deputados e da governadora que estavam discutindo a equestão das emendas, impasse inclusive já solucionado. A grande diferença e que incomoda os asseclas de Flávio Dino é que nós exploramos o que vcs dizem, já vcs exploram factoides, só isso meu caro. PDT: não fui eu quem publicizou o acordo, não fui eu quem disse que Hilton era candidato, não fui eu quem decidiu se houve traição deixaria o palanque de Dinn e por ai vai, todas essas situações quando exploradas são em cima de fatos concretos. Senado: não fui eu quem inventou que Castelo é candidato, foram os deputados do PSDB que afirmaram e o próprio que deu entrevista, não fui eu quem disse que se Castelo for candidato Roberto Rocha será candidato ao governo, mas sim o próprio Rocha e por ai poderia citar milhares de exemplos, mas hj é domingo rsrs. Espero que tenha conseguido entender para eu não precisar desenhar, aqui é explorado declarações e ações concretas, não factoides, como muitos de vcs fazem, simples assim rsrs;
Bom o texto do Nagibão.
Jorge, avisa pra esse Antonio Carlos que se o cabra que escreveu esse texto é um adolescente eterno é melhor mesmo ele não amadurecer, pois se ele adolescente escreve um troço desse, ele adulto iria ofuscar com a sua simples presença as grandes e sábias cabeças ocas e moucas da maravilhosa oposição maranhense.
O Texto comenta com objetividade e clareza um assunto interessante mostrando vários aspectos dos acontecimentos políticos e culmina com a narração da tentativa de espalhar um boato para transformá-lo em fato, coisa bem do feitio, ai sim, de eternos adolescentes acostumados com política universitária.
Gosto muito do que escreve o deputado Joaquim Haickel e não concordo de modo algum com o que disse aquele seu amigo, a quem ele se refere no começo da crônica. Gostei muito do texto que queria até que ele fosse maior.
A arrogância E a prepotência deste povo que empobrece e suga o Maranhão há quase uma década,é algo assim inconcebível .Veja bem a concepção do senhor Haickel.Se as opositores vencerem a eleições será uma fraude.Sera se este senhor sabe bem o que significam as suas palavras.Para ele e toda a sua trupe,o Maranhão,que é detentor de todos os piores índices de atrasos,não pode ser governado por alguém que não seja do grupo ao qual ele pertence.Como disse este senhor falou de FRAUDE,caso são posições ganhe as eleições!Uma perguntinha ao senhor Haickel:Senhor,uma vitória das opositcoes,que vai acontecer,queira ou não V.Exa.,é fraude.E o que vocês fizeram com o GOVERNADOR Jackson Lago,o que foi?????????
Meu caro José Raimundo, e os índices de São Luís são os melhores do Brasil??? Veja a posição de São Luis entre todas as capitais e terá sua resposta. Sabes quem administra São Luis desde que o mundo é mundo??? O grupo da Oposição;
Caros amigos, depois de ler o texto do deputado Joaquim Haickel em seus blogs, fui visitar o dele e dei de cara com o comentário abaixo do José de Ribamar da Luz e com a resposta do deputado que se segue ao do Ribamar.
Por acreditar que tanto o comentário quanto a resposta são muito importante para subirmos o nível do debate político tomo a liberdade de transcrevê-los aqui.
Comentário do José de Ribamar da Luz:
Prezado Joaquim;
Você deve saber, mais que muitos de nós, que em política “pouco se cria e muito se copia”. Essa questão da disseminação de boatos é recorrente na política do Maranhão; matéria essa inclusive na qual seu grupo político é PHD. E a oposição, no máximo, um estagiário de curso médio. O Caso Reis Pacheco é o paradigma; de lá pra cá outros tantos até a mais recente Refinaria Premiun. São inúmeros os “fatos novos” que para seu grupo político vêm dando muito certo. É claro que a mudança desejada pela grande maioria do povo do Maranhão não contempla a continuidade dessa prática. Ocorre que, no estágio atual do processo, às vezes, ela é indispensável. É a Lei da Física ( ação e reação) se efetivando na política. A mudança que o povo merece e o Maranhão tanto precisa, certamente eliminará, de uma vez todas, esses vícios peçonhentos que contribuíram para o vilipendio de nossa população nas últimas décadas.
Resposta do deputado Joaquim Haickel:
Da Luz, concordo que de seu ponto de vista, seu comentário é perfeito, mas você deve também concordar comigo que do ponto de vista da realidade, uma mudança baseada em atitudes iguais àquelas que eu que vocês desejam substituir, que segundo suas próprias palavras “… o povo merece e o Maranhão tanto precisa, certamente eliminará, de uma vez todas, esses vícios peçonhentos que contribuíram para o vilipendio de nossa população nas últimas décadas”, uma mudança dessas é a mesma coisa que uma edificação com alicerce sub dimensionado ou um balanço contábil maquiado. Um erro estrutural, uma fraude.
Veja bem, a única coisa que eu tenho dito sobre a campanha da oposição, o único ponto em que eu tenho batido é a disseminação de uma falsa mudança, pois a mudança que está sendo proposta é apenas de pessoas, até mesmo porque a base política e eleitoral do grupo que se diz de mudança foi criada no seio da “oligarquia” e os métodos que a mudança usa para tentar chegar ao poder é o de ex- expoentes dessa mesma “oligarquia” e os métodos que eles vão usar caso conquistem o poder é o mesmo que estão usando agora, aquele que sempre usaram antes, os mesmos métodos da “oligarquia”, entre eles a pratica de elegerem-se parlamentares em currais eleitorais como fizeram Zé Reinaldo, Humberto Coutinho e Tema, quando elegeram o então deputado Flávio Dino.
Você poderia me perguntar então. Joaquim, você está dizendo que Flávio Dino é ruim, que seria um péssimo governador? Não! Absolutamente! O que eu digo e repito é que ele e os que o apóiam não representam mudança alguma, até poraquê as únicas coisas novas, as únicas pessoas que nunca participaram da administração do estado nesse grupo é o Flávio e a Eliziane, porque todo o resto ou é oriundo da “oligarquia” ou já governou o Estado e demonstrou não ser diferente, como é o caso do PDT.
Gostei muito de seu comentário, pois mesmo discordante de meu ponto de vista, pois, acredito ser com conversas como essa que se debate, e não com a baixaria de alguns comentaristas sem noção.
Abraço,
Joaquim Haickel.
Zé Raimundo, o que eu disse foi que se para ganharem tiverem que usar a bandeira de mudança, ai será fraude pois vou vender gato por lebre e isso é fraude. Não falei em fraude eleitoral, falei em fraude programática, midiática a mesma que a oposição acusa a “oligarquia” de usar.
Arrogante e prepotente e quem não aceita o bom debate e vem logo com insultos.
Comentando o comentário do comentário do Joaquim: quando o Joaquim diz “ …porque todo o resto ou é oriundo da “oligarquia” ou já governou o Estado e demonstrou não ser diferente, como é o caso do PDT ” sinceramente não concordo, o PDT de Jackson e companhia fez um belo estrago no governo do Estado, trabalhou intensamente em apenas destruir a imagem dos líderes da tal “oligarquia”, apedrejaram a casa do Sarney, prenderam ilegalmente o deputado Chiquinho Escorcio, fizeram estradas fantasmas, tiveram um ex governador preso, quase flagraram um governador recebendo propina em um hotel de Brasília, disseminaram a prática eleitoral da agiotagem aberta, da cooptação de votos em dinheiro vivo através de inumeros convênios com fundações e associações fantasmas( lembram chapadinha ?), e fizeram os eleitores de verdadeiros otários quando em 2006 apresentaram três candidatos apenas para que houvesse o segundo turno, na verdade Jackson Lago era o único candidato ! Por isso e muito, mas muito mais, as pessoas, os cidadãos(odeio o nome “povo” acho até pejorativo), deram uma grande reposta nas urnas logo em 2010, e Roseana não precisou de tanta artimanha, bastou mostrar que do lado de Jackson, Zé Reinaldo, Flávio Dino, Roberto Rocha, PDT,…estavam sempre o rancor, o ódio, e a óbvia incompetência, inerente aos governos do Jackson Lago, Ze Reinaldo, Holando Junior, Joao Castelo…. então, sinceramente, as práticas e os governos dos que hoje estão no grupo Sarney não são as mesmas dos que estão hoje com Flávio DINO. Na minha singela e humilde opinião, eles representam a escória, o que há de pior no mundo da política.
Sobre São Luís, meu querido Jorge, te afirmo que as maiores obras de Fortaleza, Recife, Tersina ou Salvador são dos respectivos governos estaduais. O problema de São Luís é o estado ser governado com mesquinhez e perseguição.
Desculpa Antonio Carlos, mas em Fortaleza, Teresina, Recife e Salvador vc encontra obras da prefeitura, mas aqui as maiores são excluivas do Governo do Maranhão. Meu caro, Luis Fernando adminitrou Ribamar debaixo de uma perseguição implacavel e mesmo assim foi um sucesso, inclusive implantando uma escola em tempo integral. O problema é que essa Oposição JAMAIS demonstrou competência na gestão em São Luís e agora querem administrar o Estado. Quando a Oposição fez um ‘bom governo’ na capital, se resumiu a tapar buracos e limpar a cidade, nada mais;
Estou com uma dúvida: o lamental estado do complexo esportivo do Castelinho é FATO NOVO, FATO VELHO ou incompetência administrativa?
É igual a destruição do Castelão e do Costa Rodrigues pelos homens que querem vendar para o Maranhão a grande mudança. Tudo igual, sendo que os mudancistas são bem piores que os outros, muito mais incompetentes e desonestos.