Em 2010, see o alvo da traição foi o ex-governador Jackson Lago. Depois de ter perdido na Justiça Eleitoral o mandato, Lago esperava que a Oposição se unisse em torno do seu nome e as urnas demonstrasse que a decisão da justiça foi equivocada.
No entanto, Dino não aceitou mais ser liderado por Jackson e partiu para uma candidatura própria. Pior do que não ter apoiado a candidatura do pedetista, foi como agiu o comunista nas eleições. Segundo Igor Lago, filho do ex-governador, Dino espalhava nas cidades por onde passava que a verdadeira candidatura da Oposição era a dele e que Jackson Lago era ficha-suja e sua candidatura não seria validada pela Justiça Eleitoral.
Em 2013, a traição foi contra o seu mentor político, o ex-governador José Reinaldo Tavares. Dino não apoiou o projeto de Tavares para a disputa do Senado, optou pelo pragmatismo e defendeu a candidatura de Roberto Rocha, na briga interna do PSB. O ex-governador trocou o mandato e a própria dignidade por um tal Governo de Libertação e foi fundamental no nascimento político de Flávio Dino, mas isso não foi levado em consideração pelo comunista.
Agora em 2014, Dino seguiu com as traições, os alvos foram, novamente, o PDT e o PT, leia-se presidente Dilma Rousseff.
Dino passou três anos empregado no Governo Federal, ocupando um cargo de confiança (presidente da Embratur) dado pela própria Dilma. O emprego veio no momento que Dino mais precisava, afinal vinha de outra derrota nas urnas e poderia ficar num ostracismo político. Dilma tomou a decisão mesmo sabendo que estava desagradando no Maranhão os seus aliados do grupo Sarney.
No entanto, Dino deixou o cargo para se candidatar e agora inexplicavelmente trabalha contra a continuidade do governo Dilma, chegando ao ponto de dar palanque para dois candidatos oposicionista a sua ex-chefe, Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
O vexame foi maior pelo fato dos pedetistas já terem indicado o empresário Márcio Honaiser para ser o vice de Dino, mas, novamente, inexplicavelmente, Dino esquece os antigos aliados. O comunista para abrir espaço para o PSDB no seu palanque, negociou com os tucanos a vaga que era do PDT, deixando os pedetistas, que estavam com ele desde o início, a ver navios.
Ninguém dúvida que o próximo alvo será o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), afinal com as recém-alianças Dino trouxe para debaixo de suas asas dois eventuais candidatos em 2016, Eliziane Gama (PPS) e Neto Evangelista (PSDB).
Esse é Flávio Dino, que apesar de pouco tempo na política, já acumula um histórico de traição impressionante.