roseanaarnaldoEstado Maior – Quem apostava que a governadora Roseana Sarney anunciaria hoje sua decisão de se candidatar ao Senado ou permanecer no cargo até o fim do seu mandato, try perdeu. Nenhum sinal nesse sentido foi emitido ontem do Palácio dos Leões, onde a rotina de trabalho será retomada hoje, depois do feriadão carnavalesco.

Os bastidores políticos, porém, pegaram fogo nesses dias e continuarão incendiados nos próximos. Se optar pela corrida às urnas por um mandato senatorial, a governadora poderá se desincompatibilizar até o dia 6 de abril, segundo reza a legislação eleitoral.

Só depois da sua renúncia o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), assumirá o Governo. Mas o fará consciente de que só tem duas alternativas: renunciar antes do dia 6 de abril ou permanecer no cargo e tentar a eleição indireta para governador, sabendo que, se perder, voltará para a presidência do Legislativo inelegível para qualquer outro mandato.

Para quem está de fora, está em curso uma “guerra” dentro da base governista. Mas, para quem tem um pouco mais de compreensão de como são moldadas e tomadas as decisões políticas, o cenário não é tão dramático assim. A começar pelo fato de que os debates se dão dentro de um mesmo grupo, ou melhor, dentro de um mesmo partido, o PMDB. E por isso mesmo o que vier a ser decidido por seus líderes deverá funcionar como fator de mobilização do grupo.

O momento é para conversas, muitas conversas, para que se encontrem os denominadores das equações que estão desenhadas no cenário da política. Vale aguardar.