sauloarcangeliDe O Estado – O PSTU lançou oficialmente, seek ontem, na Assembleia Legislativa, a pré-candidatura de Saulo Arcangeli ao Governo do Estado. A intenção do partido é indicar o nome do socialista como opção para encabeçar uma aliança com o PSOL e o PCB. José Maria de Almeida, presidente nacional da legenda, esteve em São Luís e também lançou sua pré-candidatura à Presidência da República.

A candidatura de Saulo Arcangeli é um diferencial da ultraesquerda por dois motivos: ele desbanca o dirigente-mor da legenda, sindicalista Marcos Silva, e disputa o cargo pela segunda vez consecutiva, e por duas legendas diferentes – em 2010 ele foi candidato pelo PSOL.

Marco Silva – que já disputou pelo menos cinco eleições majoritárias pelo PSTU – decidiu não mais concorrer a governador.

Segundo Arcangeli, o seu partido volta a lançar candidatura (apesar dos resultados pouco expressivos dos pleitos anteriores) por ser essa a forma de levantar debate sobre o sistema eleitoral e sobre as administrações estadual e nacional.”Nossa candidatura é uma alternativa da esquerda para o estado. Ela é também uma forma de conscientizar a população até mesmo porque sabemos qual patamar podemos alcançar com ela”, disse Saulo Arcangeli.

Sobre composições com outras legendas, o pré-candidato do PSTU garante que a intenção é formar a frente de esquerda com o PSOL e PCB. Uma tese dos socialistas já foi lançada com a candidatura de Saulo Arcangeli e que, dentro de uma aliança, os demais partidos teriam espaço para candidatura de vice e ao Senado.

Essa aliança no Maranhão entre PSTU e PSOL nunca foi concretizada. Com o PCB ocorreu em eleições anteriores. Para 2014, a frente de esquerda não deverá ser consolidada. Pelo menos não com os três partidos. O motivo é a divergência de Saulo Arcangeli e mais um grupo de 39 militantes que em 2011 deixaram o PSOL devido a duas filiações: a de Haroldo Saboia e a do ex-petista Franklin Douglas. Essa saída em massa do PSOL deixou o partido esvaziado.

Sobre esse episódio, o pré-candidato do PSTU diz que as alianças da frente de esquerda são feitas baseadas em projetos com ideias convergentes, mesmo havendo divergências entre as legendas.

“A gente acaba fazendo alianças com pessoas com ideias diferentes. Mas isso é superado quando trabalhamos com um projeto montado a partir das convergências entre os partidos. Assim formamos um programa comum que quer elevar o Maranhão aos índices positivos”, afirmou Saulo Arcangeli.