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A presidente da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias (CDHM) da Assembleia Legislativa do Maranhão, look deputada Eliziane Gama (PPS) realizou na manhã desta sexta-feira (10) Reunião Extraordinária da Comissão para tratar sobre a situação das vítimas dos atentados ocorridos na Região Metropolitana de São Luís. Durante a reunião também foram tratados os problemas no Sistema Penitenciário Maranhense como mortes, order decapitações, clinic organizações criminosas e superlotação das unidades prisionais.

“Os depoimentos dos parentes serão anexados ao pedido de indenização das famílias que a Comissão de Direitos Humanos fará junto ao Estado, considerando que o Estado foi alertado diversas vezes sobre a fragilidade do sistema prisional que culminaria em novas rebeliões e atentados na cidade, numa demonstração clara do crime organizado”, esclareceu Eliziane Gama.

A reunião foi coordenada por Eliziane Gama e contou com a presença do deputado Raimundo Cutrim (PC do B); do Promotor de Justiça da Infância, Márcio Thadeu; dos Promotores de Justiça Substitutos, Eduardo Lopes, Renato Madeira, Alessandra Dorub; dos advogados Rafael Silva e Antônio Pedroza da Comissão de Direitos Humanos da OAB; do presidente da  Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Zema Ribeiro;  do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Antônio Portela; além de Conselheiros Tutelares de São José de Ribamar e Paço do Lumiar.

Os representantes das instituições e da Sociedade Civil Organizada ouviram os depoimentos dos parentes das vítimas dos ataques a ônibus ocorridos na noite da ultima sexta-feira (03), que relataram a situação das famílias após os atentados.

Jeorgiane Carvalho, tia da menina Ana Clara, que morreu após ter mais de 90% do corpo queimado, falou sobre o drama família. Ela informou que os parentes já pediram acompanhamento psicológico para a mãe de Ana Clara e também que os meios de comunicação retirem da internet o vídeo que mostra o momento do atentado.  “É muito triste tudo que aconteceu e está sendo muito difícil para nossa família, principalmente com a veiculação destas imagens”, disse.

José Augusto, irmão da outra vítima também falou sobre a situação dos filhos e esposa de Márcio, 37 anos, que também teve corpo queimado no atentado. “Meu irmão não tinha vinculo empregatício, trabalhava como diarista descarregando caminhões e agora teve mais de 70% do corpo queimado. É triste ver bandidos soltos nas ruas aterrorizando a população. É preciso que a sociedade se desperte e cobre segurança”, enfatizou.

Ele disse ainda que os parentes estão assustados, pois há um veículo não identificado nos arredores da casa da família. O fato será comunicado para a Polícia para garantir a integridade da família.

A deputada maranhense afirmou que a CDHM tomará as devidas providências para que as famílias das vítimas recebam indenização do Estado por causa da violência.