pedro2O vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB); o presidente do Instituto Municipal da Cidade (Incid), cialis José Marcelo do Espírito Santo; e o representante da Oi, Luiz Maurício Lopes, discutiram na tarde desta quarta-feira (20) a ampliação e melhoria da cobertura do serviço de telefonia móvel e a preparação da capital para receber a tecnologia 4G, que chegará ao Nordeste até junho de 2014, com o advento da Copa do Mundo. A reunião aconteceu na sede do Incid.

Segundo explicou Luiz Maurício Lopes, o principal problema do sombreamento (áreas não cobertas pelo sinal das operadoras) em São Luís se dá pela limitação de instalação de antenas. Existem atualmente 110 instaladas, mas são necessárias pelo menos 158. Ocorre que o atual decreto municipal que estabelece os critérios para instalação de antenas não permite a ampliação. O número atual também não atende os requisitos para que o funcione a tecnologia 4G. Lopes disse ainda que uma mesma antena pode ser compartilhada por todas as operadoras.

Marcelo do Espírito Santo disse que um novo decreto municipal, atualizado para atender as necessidades do sistema de telefonia, está contemplado na nova Lei de Zoneamento. Ele disse ainda que a minuta da nova lei já começou a ser elaborada e, assim que estiver pronta, será encaminhada para ser debatida amplamente no Conselho Municipal das Cidades (Concidade), para, posteriormente, ser enviada à apreciação da Câmara de Vereadores.

Pedro Lucas Fernandes explicou que a prerrogativa para reformulação do decreto é do Executivo. Ele defendeu a melhoria urgente dos serviços de telefonia móvel da capital. “A reclamação da população contra falta de sinal ou sinal fraco do sistema de telefonia móvel é uma constante. Se a resolução do problema passa pela atualização de uma lei caduca, que façamos isso, então. Eu e a população contamos com a sensibilidade do prefeito para enviar o mais rápido possível atualização da lei, e dos meus pares, na Câmara, para a apreciação também de maneira urgente. O mundo está evoluindo. O serviço 4G está batendo à nossa porta. Não podemos ficar para trás”, disse o vereador.

4G – Apesar de ainda funcionarem de maneira semelhante, existem diferenças muito visíveis entre as redes móveis 3G e 4G. A princípio, o caminho da comunicação permanece o mesmo: os celulares enviam sinais para as torres e, logo em seguida, essas torres repassam os dados para uma central de comunicação. Porém, o que muda realmente são os equipamentos.

A rede 4G opera em uma frequência distinta da 3G e, por isso, são necessárias antenas diferentes e que possam operar na faixa de 2,5 GHz, reservada pelo governo brasileiro para esse tipo de comunicação.

As antenas 4G são mais baixas do que as 3G e possuem um sinal bem mais denso. Se uma torre 3G pode compartilhar o sinal com cerca de 60 a 100 telefones, a 4G aumenta em muito esse número: uma torre da nova rede pode servir de 300 a 400 pessoas, suportando muito mais usuários simultâneos.

Em contrapartida, as antenas 4G fornecem uma cobertura menor, exigindo que mais antenas sejam instaladas para que o sinal se mantenha consistente. O número de antenas instaladas deve duplicar para o bom funcionamento do 4G.