O Governo do Maranhão enviou e-mail ao Blog lamentando o fato do jornal O Estado de São Paulo não ter publicado a Nota de Esclarecimento enviada pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom-MA), order referente à matéria especial de página inteira publicada na edição do último domingo (04/07). A Nota encaminhada pelo Governo do Maranhão responde a todos os “questionamentos” feitos pelo Estadão, que estranhamente não publicou a resposta do “questionado”. Que coisa feia Estadão… (abaixo, segue a Nota na íntegra).

GOVERNO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em respeito à opinião pública, o Governo do Maranhão esclarece sobre matéria especial publicada pelo Jornal O Estado de São Paulo, na edição de domingo (4 de agosto).

Em primeiro lugar, o período de “50 anos com poucos intervalos” é a essência do discurso do protagonista da matéria, o presidente da Embratur, Flávio Dino. Por sinal, na década medida pelo IBGE para apurar o IDHM, encerrada em 2010, sete anos foram sob o controle do grupo dele, 5 anos de José Reinaldo Tavares e dois anos de Jackson Lago.

Sobre a questão da Saúde, em Caxias, o Estado não tem hospital e a saúde é municipalizada. Caxias recebe anualmente R$ 37 milhões do Ministério da Saúde para oferecer atendimento de média e alta complexidade – sem incluir o repasse para atenção básica.

Ao longo dos últimos 8 anos, comandada pelo ex-prefeito Humberto Coutinho, Caxias foi palco de uma sequência interminável de escândalos, de desvios através de compras fantasmas de equipamentos e medicamentos.

O Estado está construindo em Caxias um hospital macrorregional de alta complexidade, com 100 leitos, para atender à demanda daquela região.

Em Coroatá, a prefeitura não recebe recursos do Estado. O posto da Vila Sete é municipal. O valor correto dessa obra é R$ 180 mil e não R$ 180 milhões como maldosamente o jornalista colocou na matéria.

O Hospital Macrorregional de Coroatá é uma das 50 unidades da rede estadual de saúde e é referência para mais de 42 municípios em procedimentos de média e alta complexidade, inclusive para internações em UTIs adulto, pediátrica e neonatal.

Os gastos com helicóptero e avião são necessários por diversas razões, como acompanhar o programa de investimento, monitorar o funcionamento das novas unidades em tempo real, atender as transferências de pacientes críticos. A comparação com o mesmo tipo de gasto feito pelo Rio de Janeiro não vale por dois motivos: no Maranhão as distâncias são muito maiores e a despesa engloba não apenas os deslocamentos da governadora, mas o uso dessas aeronaves inclusive para as operações diárias da Segurança Pública. O Maranhão tem uma das maiores extensões territoriais do Brasil, com 331 mil km² enquanto o Rio de Janeiro tem apenas 43 mil km². A comparação é absurda.

A necessidade de voos deve-se ao acompanhamento e fiscalização dos investimentos e obras de infraestrutura realizados pelo governo. Um dos exemplos é o programa de construção e recuperação de estradas que estão interligando todos os municípios do estado, transformando a realidade nas regiões mais isoladas.

É o caso do município de Fernando Falcão, onde o governo está asfaltando a estrada que liga a sede e construindo um hospital para que a prefeitura possa prestar um atendimento de qualidade numa área que é 90% terra indígena.

Atenciosamente,

SÉRGIO MACEDO
Secretário de Comunicação Social do Maranhão