Segundo o relato exclusivo do jornalista Gilberto Léda em seu blog (veja aqui), o desembargador Jaime Ferreira de Araújo, no plantão judiciário, reformou decisão do juiz Márcio José do Carmo Maios Costa, titular da 2ª Vara Criminal de São José de Ribamar, e concedeu Habeas Corpus ao ex-vereador Edson Arouche Júnior, o Júnior Mojó.
O detalhe é que o Habeas Corpus foi concedido na sexta-feira(19), Júnior do Mojó foi posto em liberdade na segunda-feira (22) e até hoje o Tribunal de Justiça não publicou absolutamente nada em seu site.
O caso envolvendo o ex-vereador foi um caso de comoção popular e de repercussão até mesmo fora do Maranhão. Júnior Mojó é acusado, juntamente com o empresário Elias Orlando, de envolvimento no assassinato do também empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, ocorrido no final de 2011.
Júnior do Mojó esteve foragido durante um bom tempo da polícia e só foi preso em dezembro do ano passado pela Polícia Federal, após ser reconhecido em São Paulo, mas mesmo assim, acaba de receber um Habeas Corpus.
Essa inclusive não foi a primeira decisão do TJ que beneficiou Júnior do Mojó. Em abril deste ano, a Justiça extinguiu a punibilidade dele pelo crime de estelionato, onde havia sido denunciado pelo Ministério Público Estadual em janeiro de 2002, por ter vendido áreas de terra no loteamento denominado “Jardim Verdemar”, no bairro do Araçagy (reveja).
Mesmo tendo sido um crime desta envergadura, envolvendo pessoas públicas e que chamou a atenção até mesmo da imprensa fora do Estado, o site do Tribunal de Justiça parece ter desconsiderado tal importância e assim, no entender do Blog, perdeu uma ótima oportunidade de demonstrar que é favorável a transparência do órgão, na teoria e na prática.
Em tempo: O Blog postou a matéria as 10h e o site do Tribunal de Justiça postou a matéria cobrada às 12h39. Curioso, como já dito no texto, é que a decisão foi na sexta-feira, a liberdade de Mojó foi efetivada na segunda-feira e somente terça-feira, após cobrança do Blog, o fato se transformou em matéria no site do TJ. De qualquer forma, a postagem serviu para alertar o Tribunal de Justiça;