votoÉ impressionante como a classe política, online quase que na totalidade, tem aversão ao tema “fim do voto obrigatório”. A mensagem encaminhada pela presidenta Dilma Rousseff ao Congresso, conforme o Blog mostrou mais cedo (reveja), é uma prova disso.

Apesar de ser essa uma das principais reivindicações vindo das ruas, Dilma Rousseff fez ouvido de mercador e entre as sugestões encaminhadas ao Congresso Nacional simplesmente “esqueceu” de sugerir a discussão sobre o voto obrigatório.

Mas esse não é um posicionamento isolado. A maioria dos políticos sequer admite a possibilidade de discutir o assunto e querem continuar transformando o que é um direito do cidadão num dever.

Atualmente dos 245 países no mundo, 192 deles filiados à ONU, apenas 24 adotam o voto obrigatório, assim como o Brasil.

O voto obrigatório faz com que milhões de brasileiros votem contra a vontade, sem nenhum interesse nas eleições ou na política, sem sequer procurar saber quem seria o melhor candidato.

Nesse momento, o voto deixou de ser um direito exercido com liberdade e passou a ser exercitado com disfarce da tirania, onde os eleitores são ameaçados com multa ou outras punições quando não exercido na forma da legislação.

Ou a sociedade clama pela inclusão da discussão do voto obrigatório no plebiscito/referendo, ou mais uma vez a Reforma Política atenderá exclusivamente o interesse da classe política e não da sociedade de uma maneira geral.