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Médicos e demais profissionais da área da saúde participaram, diagnosis nesta quinta-feira (27), das palestras, mesas redondas e debates do II Congresso Maranhense de Medicina, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, e do IV Congresso Norte Nordeste de Infecção Hospitalar, no Hotel Luzeiros. Os dois eventos foram abertos oficialmente na noite de quarta-feira (26), pelo secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, com a presença de representantes da Assembleia Legislativa do Maranhão, do Ministério Público Estadual, e da Academia Maranhense de Medicina (AMM), Promotoria de Justiça, além de palestrantes de outros estados.

Ricardo Murad afirmou que os dois eventos estão sendo realizados em um momento importante, quando o país está fervilhando e o povo expondo seus sentimentos. “Queremos aproveitar este momento em que o povo está nas ruas clamando e lutando democraticamente por melhoria de vida para informar que há três anos estamos implantando no Maranhão aquilo que é uma reivindicação nacional: um sistema de saúde público integral para atender a população em qualquer regional do estado, em unidades públicas de qualidade e com profissionais competentes”, enfatizou.

O gestor estadual disse que o Programa Saúde é Vida, que é o maior projeto de saúde pública em andamento no país, está bem avançado e já disponibiliza atendimento estratégico em todas as regiões do estado – em unidades modernas e com funcionários qualificados. “Concluiremos no final deste ano a primeira etapa do programa e, quando estiver totalmente finalizado, os maranhenses terão à disposição uma rede de saúde articulada, integrada e regulada de alta complexidade, funcionando com atendimento ambulatorial completo, central de transplante e centro de diagnóstico e imagem. Uma rede constituída, planejada e levada em frente por maranhenses que acreditam e estão mostrando que é possível oferecer saúde pública de qualidade”, enfatizou Ricardo Murad.

Os dois encontros realizados pela Secretaria de Estado da Saúde serão encerrados neste sábado (29), e têm o objetivo de fomentar o intercâmbio científico e a troca de experiências entre os médicos dos mais avançados centros do país e os profissionais e estudantes da área de saúde do Maranhão e do Brasil. “Instituímos este congresso para que os melhores profissionais de outros estados pudessem discutir com os maranhenses, com total liberdade e sem vínculos, sobre melhoria na área de ciência médica, e traçar metas para novos tratamentos”, justificou Ricardo Murad.

O presidente do Congresso de Medicina e da AMM, José Márcio Leite, assinalou que as doenças crônicas não transmissíveis – que são tema central do II Congresso Maranhense de Medicina – são aquelas geralmente de desenvolvimento lento, de longa duração e, por isso, levam um tempo mais longo para serem curadas ou, em alguns casos, não têm cura. Ele explicou que a maioria dessas doenças está relacionada ao avanço da idade e ao estilo de vida – como os maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse, característicos das sociedades contemporâneas – entre elas as cardiovasculares, as respiratórias, as renais, as endócrinas, as reumatológicas e as pulmonares, com maior incidência do diabetes, da hipertensão, dos acidentes vasculares cerebrais, do câncer, que são causa de 60% da mortalidade no mundo.

Pesquisas do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que cerca de 75% das pessoas com mais de 60 anos no Brasil têm alguma doença crônica e, para o Ministério da Saúde, esta é a principal causa de óbito no país. Se nada for feito para gerenciar as doenças crônicas, em 10 anos as mortes em decorrência delas aumentarão 17%. “Para que isso não ocorra precisamos desenvolver uma nova forma organizativa dos modelos de atenção à saúde, com base em diretrizes clínicas e por meio de linhas de cuidados, iniciando-se pela atenção primária em saúde”, enfatizou José Márcio Leite.

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