Por Joaquim Haickel (texto publicado na edição de hoje do EMA)
Já que ninguém quer se reunir para conversar sobre o que pode, site e o que de uma forma ou de outra vai acontecer nos próximos meses na política maranhense, buy só resta a mim que sou como diz minha querida mãe Teté, “impertinente”, tentar suscitar aqui mais uma vez essa conversa, assim, um tanto que na marra, como já o fiz antes e em pouco eco resultou.
Nunca antes na história desse grupo político, o futuro dependeu de tantos eventos intrincados, complicados e delicados. É bem verdade que uma grande quantidade de sorte, aliada a um imenso volume de poder, exercido por quadros competentes e motivados, fazia com que as situações difíceis fossem facilmente solucionadas ou pelo menos atenuadas.
Agora as coisas parecem estar um pouco diferente, e não era pra menos. O tempo passa, as estruturas se desgastam, o elã enfraquece, laços se afrouxam, pessoas naturalmente se distanciam… É assim na vida, de um modo geral, nas famílias, nos casamentos, porque seria diferente na política?
Pois bem, no que diz respeito à próxima eleição para governador, tudo leva a crer que o candidato do grupo Sarney seja mesmo o secretário de infraestrutura Luis Fernando Silva.
Estabelecido isso, resta saber se a governadora Roseana completará a chapa majoritária sendo candidata ao Senado. Tendo uma eleição garantida seria tolice não concorrer.
Em seu lugar deveria assumir o vice, mas tudo indica que ele deverá ser nomeado para o Tribunal de Contas do Estado em vaga que se abrirá no final deste ano.
O cargo de governador, interinamente, por 30 dias, passará então às mãos do presidente da Assembleia Legislativa. Nesse prazo o primeiro vice-presidente da ALM, tendo assumido a presidência, convoca eleição indireta para escolha daquele que for governar o nosso Estado até 31 de dezembro de 2014.
Lógico seria o ocupante interino do governo, o presidente da ALM, deputado Arnaldo Melo, ser eleito governador substituto.
Essa é uma coisa que ainda pode acontecer, porém o que deve ser observado é que o que está em jogo aqui é muito mais que nove meses de mandato de governador. O que está em jogo é a continuidade da hegemonia política desse imenso grupo, que de tão grande e diverso, muitas vezes parece ser vários e não um.
Esse gigantismo causa distorções curiosas, como, por exemplo, o fato de algumas diferenças internas serem bem maiores que as eventuais discordâncias com outros grupos políticos.
Mas voltemos ao que mais interessa!
Será que alguém pode fazer mais pela eleição de Luis Fernando que o próprio Luis Fernando? A resposta é fácil! Não. É lógico que não. Logo quem deve ser eleito para completar o mandato de governador quando da renúncia de Roseana é o próprio candidato, no caso, Luis Fernando.
Agora vem um pequeno problema para o qual pouca gente está atentando.
Acontece que se isso ocorrer dentro dos prazos normais, Arnaldo Melo será extremamente prejudicado, pois será atingido pela lei eleitoral no que diz respeito ao prazo vedado de desincompatibilização para concorrer a cargo eletivo.
Quem estiver no exercício de Governo do Estado de 12 de abril de 2014 em diante, só poderá concorrer no pleito daquele ano aos cargos de governador ou de presidente da Republica.
Para alguns pode parecer uma situação insolúvel, mas há uma forma simples de resolver esse imbróglio. Basta que tudo isso, todos os atos citados acima, da renúncia da governadora, passando pela eleição do governador interino até a posse do governador substituto, aconteça antes de 12 de abril de 2014.
Visto assim parece estar tudo certo. Como diria Garrincha, só precisamos “combinar com os russos”.
Há, no entanto, um problema ainda maior e mais grave. O PT!!! A aliança do PMDB com o PT é primordial para nossa vitória eleitoral.
O PT fará eleições internas no final de 2013. Os vencedores dessa eleição decidem com quem o partido marchará em 2014.
Se o vice-governador Washington Oliveira aceitar o cargo no TCE, a derrota do grupo do qual faz parte será quase certa. Consequência direta disso é a dissolução de nossa aliança.
Há quem pense que sendo governador, substituindo Roseana, Washington se fortaleceria, venceria as eleições internas do PT e no caso de fazer uma boa administração, com apoio do governo federal, acabaria trazendo Lula e Dilma para o palanque de Luis Fernando. Seeráááá???!!!
No frigir dos ovos uma coisa deixa gente como eu extremamente incomodada. É que ninguém fala sobre esses assuntos. Não se conversa, não se discute, não se pensa… Na hora H muitas coisas saem erradas por falta dessa prática que há muito não se cultiva nesse grupo.
Existe gente com grande poder de decisão em nosso grupo que não sabe como funciona as intrincadas engrenagens desse sistema.
Que mal há em conversar, trocar ideias, discutir pontos de vista, se abrir para outros pensamentos, ouvir outras opiniões, arejar os cérebros…
Falar de flores é fácil. Quero é ver o bom para falar de espinhos. Ter coragem para pegá-los nas mãos mesmo correndo o risco de se ferir, ou melhor, mesmo sabendo que vai se ferir. Mas que seja! Para alguma coisa deve valer ser assim.
Como disse Vandré: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
PS: Lembrando que existem algumas coisas que não se deve e outras que não se pode dizer em um artigo de jornal.
Não adianta o choro Joaquim, vocês dançaram e o nosso querido Flávio Dino será o novo governador do Maranhão. Melhor começar a procurar emprego hahaha
Perfeito o comentário meu caro Jorge Aragão, é exatamente isso, boa leitura do cenário político.
Só para deixar claro Paulo, que o texto é do Joaquim Haickel, ex-deputado e secretário de Esporte do Maranhão. Grato pela participação;
Não cansa de escrever bobagens o Joaquim Haickel ?
É seu Nagib, você é o único que está sem as veda nos olhos.
Só não entendo por quê a oligarquia não quer Macaxeira no governo, que egoismo miserável este!.
Coerente o comentário do secretario Joaquim
Jorge, queria poder externar ao nobre Joaquim, que o que ele escreve agora, era para se ter escrito há tempos, vejamos: no atual cenário não se conversa com ningúem, não se ouve ninguem e nem se pergunta nada pra ninguem, cada um por si e Deus por todos, em 2010, estivemos à frente da campanha juvenil de Roseana, onde obtivemos 1.459.792 de votos e chegamos à marca histórica de quase 44% dos votos válidos na capital, demos de goleada nos outros dois candidatos, contudo, ganhamos no 1° turno por uma diferença de pouco mais de 4.000 votos em relação ao demais. Naquela oportunidade traçamos metas e projetos para a área Juvenil em nosso querido estado, e igual aos nossos objetivos muitos outros de outras importantes pastas ficaram pelo caminho, “valeu a pena???, tudo vale a pena se a alma não é pequena”, passados 3 anos, não avançamos absolutamente em nada, pelo menos na área juvenil, portas fechadas, ninguém atende e quando se atende, finge que não ouve e com isso o tempo vai passando, passando… como as nuvens, estas, pelo menos ainda mandam águas para aliviar a cede e matar o calor, contudo, creio eu que já está mais do que tarde, embora, ainda faltem 406 dias para as eleições do dia 05 de outubro de 2014, mais Joaquim, como bem o conhecemos não é “impertinente” e sim, coerente com seus posicionamentos, aliás a eleição é dinâmica, assim como a política e não podemos deixar pra tentar resolver tudo durante os 90 dias de campanha, que por sua vez, é tão somente os simples e ao mesmo tempo complicado 90 dias para quem não percorre esta liturgia de conversas e amarrações que precedem o escrutínio. mais em: http://www.juventudeguerreirama.blogspot.com.br
MAIS UMA VEZ JOAQUIM FOI DIRETO AO PONTO DE FORMA CERTEIRA!!!
Joaquim, como sempre, impecável! Não há o que tirar nem por. Há muito “professor de Deus” no seu grupo – a começar pelo próprio candidato – e quem vai querer ouvir o Joaquim?! A “articulação política” , se houver, é só em favor do titular da pasta…Durma-se com uma eleição dessas…
Equilibradas e consistentes as considerações do notável analista Nagib. Na nossa isenta e vã percepção, a alternativa mais racional e segura para o sistema governante seria manter Washington no cargo até a transição; cujo rito governamental parece-lhe devoção. Ocorre que o vice governador é cristão novo na ribalta sarneista, ainda, não cacifado na estabilidade efetiva. No mais: os timoneiros da nau governista, ao contrário do razoável, sempre ostentaram papel secundário em definições dessa envergadura. Relegados à eterna condição de meros companheiros de viagem, como ousariam agora opinar em certame tão conturbado e adverso. Restam-lhes mais uma vez, aguardar na clausura, o baticum dos tamborins.
Concordo em gênero e grau com a postura de quem cabe as decisões no grupo Sarney. O PT é importante, porem, não inspira confiança, pois são todos aloprados, o PSDB é muito importante, o PTB, o PV, e até PTC, toda via, o principal partido no cenário nacional e regional chama-se o PMDB, e é essa a razão. WO não tem o controle do partido, porque é desorganizado, inexpressivo e não tem eloquência, e ainda, é dependente totalmente do PMDB. Por outro lado, as demais lideranças do PT, estão caminhando separadamente em carreira solo, cada um p/ um lado, com destaque para Bira, pela juventude e eloquência, mas não tem um projeto reconhecido. Considero essa a postura correta por essa razão, e digo mais, tanto para o grupo Sarney, como para o grupo oposicionistas, o PT não é confiável, e não será o fiel da balança. É esperar p/ver. Esse é só um chute, entretanto, conheço o partido no seu núcleo duro.
Esse é um bobão ,que não consegue mais se eleger a nada, fica escrevendo tolices para agradar seus donos. Ridículo !
Discordar da opinião é normal meu caro Mariano, mas precisamos aprender a respeita-la;
Equilibradas e consistentes as considerações do notável analista Haickel. Na nossa isenta e vã percepção, a alternativa mais racional e segura para o sistema governante seria manter Washington no cargo até a transição; cujo rito governamental parece-lhe devoção. Ocorre que o vice governador é cristão novo na ribalta sarneista, ainda, não cacifado na estabilidade efetiva. No mais: os timoneiros da nau governista, ao contrário do razoável, sempre ostentaram papel secundário em definições dessa envergadura. Relegados à condição de meros companheiros de viagem, como ousariam agora opinar em certame tão conturbado e adverso. Restam-lhes mais uma vez, aguardar na clausura, o baticum dos tamborins.
Não se faz necessário toda esta alquimia apresentada pelo Nagib. Basta que o Flavio Dino ganhe e ai o Sarney convoca o Chiquinho, acerta com o Supremo e o Luís Fernando assume. Simples assim. Já deu certo uma vez, certamente dará certo uma segunda e quantas forem necessárias
Quem, de fato, decide, conversa sim sobre esses assuntos, mas ninguém de convida oras. Vc tem fama de linguarudo e não decide nada!!1 Deixa isso pro Velho Rei Sarney. À vc, basta seguir o bonde, após a decisão ser tomada!
Esse Mariano é um bobo….mão consegue nem interpretar um texto, não sabe nada de política.
Se Flávio Dino ou Edvaldo Junior tivessem uns dois ou três companheiros como esse Joaquim Haickel não estariam derrapando!
O bom pra nós é que ele não é ouvido pelos chefes de seu grupo. Dizem que Roseana e Jorge não gostam dele.
As palavras que compõem a análise do Secretário Nagib são palavras de quem olha no horizonte um momento de grande mudança no cenário político do Estado. Nas entrelinhas da matéria, vemos palavras de quem enxerga a derrota como favas contadas. Os tropeços cometidos por alguns membros do governo e até mesmo pela líder do governo, A GOVERNADORA, estão desarticulando o grupo e acaba criando interstícios que são usados para a oposição se colocar. Vejam o caso dos prefeitos aliados envolvidos com agiotagem. Quem em sã consciência coloca o nome dos seus “parceiro político” no fogo na vésperas de um momento tão decisivo? Fatos como este criam nos “aliados” o desapego pelo grupo e pelos seus líderes. Todos que sofreram a repressão, passarão a contar os dias para dar o troco aos seus antigos líderes.
VOCÊ SE LEMBRA DE JOSÉ SARNEY, PASSOU A MAIOR PARTE DE SUA CANDIDATURA COMO PRESIDENTE, TINHA 70% DAS INTENÇÕES DE VOTO, E LULA NÂO TINHA CANDIDATO, O MESMO AQUI COM ROSEANA, QUANDO JACKSON GANHOU A ELEIÇÃO, O CASO DE REPETE COM FLAUDINO, POIS SÓ ELE É CANDIDATO, ASSIM A HISTÓRIA SE REPETIRA, É SÓ AGUARDAR.
aí está a resposta o porque de joaquim não conseguir voltar ao parlamento,primeiro federal e depois estadual. note-se que o multi face do grupo, não escreve uma linha preocupado com a situação do povo e olha que ele foi eleito várias vezes, sabe com quem joaquim está preocupado? com ele mesmo, em perder a boquinha. bem articulado com as palavras, poderia escrever um artigo sobre a situação caótica que passa o estado, sobre tudo na saúde, onde segundo o ministério aponta 0,58 medico para mil habitantes no estado (vide luis cardoso). veja se nessas palavras tem previsão para os menos favorecidos (vou no popular, a pobreza): só resta a mim, Nunca antes na história desse grupo político, o clã enfraquece, as coisas parecem estar um pouco diferente, O que está em jogo é a continuidade da hegemonia política desse imenso grupo, A aliança do PMDB com o PT é primordial para nossa vitória eleitoral, No frigir dos ovos uma coisa deixa gente como eu extremamente incomodada. eu pergunto qual é o projeto para o povo? onde estão os projetos para saúde, a educação, segurança? joaquim falou só a verdade, essas pessoas só tem compromisso com seu grupo, os que não tem sobrenome haickel, sarney, murad, fecury,vão para o jargão popular daquele personagem de chico anisio, deputado justo verissimo, “EU QUERO QUE POBRE SE EXPLODA”. parabéns joaquim pelo artigo, assim as duvidas foram esclarecidas, como teatrólogo, bem que vc poderia construir a peça, O PODER PELO PODER, conforme disse a juiza oriana esta semana ao ser entrevistada: “As pessoas estão preocupadas em manter o poder pelo poder. Tem ‘laranjas’ que Deus duvida aqui no Maranhão”, disparou, ao afirmar que as leis são feitas “para privilegiar grupos ou assentar riqueza e poder”.
Sebastião expressou bem duas coisas: primeiro o conhecimento da matéria e depois sua frustração pela maneira como seu grupo é tangido pelo comando. Como bom analista e até vidente que dizem ser, já começa a ver no horizonte a derrocada da Oligarquia a que desmotivado pertence. Quando os políticos bambolê se derem conta, que Flávio Dino é fato consumado; vai ser uma debandada tão grande, que até a alcova Sarneyzista vai ficar às moscas. Só não virá os serviçais da ilha de CURUPU, por não terem condução própria pra zarparem de lá pra cá.
RIDÍCULA VC KAROLINA,
JOAQUIM SE DEU AO LUXO DE NAO QUERER MAIS CONCORRER A ELEIÇÕES E NEM PRECISA MAIS PROVAR NADA.
VC PODE ATÉ NAO GOSTAR DELE MAS É INEGÁVEL A CAPACIDADE DE JH DE FAZER ANÁLISE E INTERPRETAÇÕES DO JOGO POLÍTICO.
EU DISSE “JOGO” POLÍTICO ENTENDEU KAROLINA?
Karoline, espero ver mais seus cometários sobre a política de nosso estado.Parabéns. Esse grupo é realmente insensível. O povo que se lasque. Esse cara sempre foi riquinho. Não provou da pobreza. Intelectual insesível só aqui mesmo!!! A História se encarregará de colocá-lo no seu devido lugar: mais um babão acorvardado, acomodado e diz ser “leal”. Uma inteligência burra! Acorda, faça algo pelo povo, Joaquim!!!!
Quem sou eu para criticar as palavras do Secretário de Estado do Esporte!
Mas suas palavras, transcritas eu seu artigo nos mostram como funcionam os acertos, as negociatas e até mesmo coisas que por educação não posso escrever num comentário de uma postagem de um blog, renomado blog inclusive. Todo esse raciocínio na busca de meios para se obter a vitória, de fato é necessário, mas digo que, se metade desse “trabalho cerebral” fosse utilizado para buscar a melhor maneira de desenvolver o nosso Estado, no tocante à educação, saúde, economia, políticas sociais, turismo… enfim, nosso estado seria e estaria muito melhor, mas que nada, o que merece esforço e muito trabalho é obter o êxito político, que neste caso seria a vitória de um grupo que há décadas, no tempo em que meu pai nem sabia se eu existiria, e que não fez o que poderia e deveria fazer, mas como disse, pelo êxito se faz tudo, já pelo povo, se faz o mínimo do básico… afinal todos continuarão com o “direito” de votar! E eu aqui continuo sonhando com o dia em que esse direito dever seja exercido de forma consciente pela maioria da população!
Meu Caro Jorge,
Obrigado por repercutir em seu conceituado Blog o meu artigo publicado no JEM de domingo, 18 de maio do corrente.
Obrigado principalmente por me fazer ter acesso aos comentários de alguns de seus leitores e poder saber o que pensam algumas dessas pessoas.
Pude sentir Jorge, que poucos de seus comentaristas entenderam realmente do que tratei em meu artigo. Pouquíssimos alcançaram o tom de critica ao meu próprio grupo, ao fato dele não se reunir para conversar… Poucos notaram que tracei linhas de possíveis caminhos a serem tomados que nenhum havia pensado antes e ainda agora não sabem do que se trata.
Amigo, estou pasmo!!!
Vejo que a grande maioria de comentários foi feito por uma pessoa ou quem sabe um grupo restrito de pessoas que se apoiavam mutuamente, como que completando um cenário de insatisfação com o texto, como se ele fosse uma espécie de ameaça para eles. Algo que pudesse ser usado contra a sua intenção de vencer as próximas eleições para governador.
Estou triste pelo fato de poucos saberem como funcionam os mecanismos que os levam a agir. Mas estou feliz por saber que vivemos em uma democracia que possibilita com que estas pessoas pensem e ajam como desejarem, mesmo que não saibam o motivo de assim procederem.
Vejo que poucos se lembram de Vandré!
Realmente NAGIB, é um embrólio difícil de ser resolvido a situação do grupo dominante do estado, mas sabemos dos grandes egoístas, e ai fica fácil saber que a derrota é certa.