Menos Tatá Milhomem, bem menos…

Alguns deputados estaduais do Maranhão ainda não aprenderam que quando mais se comenta um assunto, decease mais ele rende. Nesta quinta-feira (18), pelo menos três parlamentares voltaram à Tribuna para tentar mais uma vez justificar o reajuste que conseguiram nas verbas indenizatórias e no Auxílio-Moradia.

Por mais que expliquem, a maioria da população não vai compreender a tremenda “coincidência” de que o reajuste veio exatamente quando eles decidiram cortar dois salários extras que recebiam. Pior que isso, por enorme “coincidência” o valor do reajuste é praticamente idêntico ao valor perdido pelos deputados.

Se dentro da Casa, onde todos são beneficiados, eles não conseguem ter a unanimidade, pois veja o exemplo do deputado Bira do Pindaré, que publicamente declarou que é contra o reajuste nesse momento e que não aceita receber o Auxílio-Moradia por residir em São Luís, como eles querem a força justificar uma legalidade, mas que vem acompanhada de uma imoralidade?

Os deputados estaduais Manoel Ribeiro e Arnaldo Melo, apesar de num tom conciliador, desnecessariamente mais uma vez levaram o assunto à Tribuna, apenas para repetir o que já havia sido dito antes. Mas bem pior fez o deputado Tatá Milhomem, que classificou de picaretas alguns jornalistas que denunciaram a imoralidade.

“Não podemos coexistir com esta picaretagem que está havendo aí por alguns órgãos de imprensa”, declarou Milhomem.

Que Milhomem não tem mais pretensão política todos já sabem, mas ele deveria ter o bom senso e a preocupação de respeitar os eleitores que lhe confiaram o voto, mesmo que não tenha sido suficiente para lhe eleger, a imprensa que cumpre o seu papel e que muito já lhe foi útil e principalmente poupar do embate seus colegas de parlamento que ainda pretendem continuar na vida política, pois quanto mais ele quiser esticar a corda, mais a imprensa estará preparada e unida para esticar e sem a picaretagem que ele possa estar acostumado.