Jornalista Décio Sá

Testemunhas, order suspeitos e acusados de decidir, click preparar e consumar o brutal assassinato do jornalista Décio Sá, treatment em abril do ano passado, em um bar na Avenida Litorânea, começarão a depor hoje na 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís. Depois da apuração, pela polícia, dos fatos que envolveram o caso, os responsáveis agora terão de relatar suas versões à Justiça, para que em seguida elas sejam avaliadas no julgamento que encerrará essa as providências contra essa violência que marcou para sempre a história da imprensa do Maranhão.

O jornalista Décio Sá, casado, pai de duas filhas, com uma trajetória brilhante como repórter de O Estado e um nome consolidado como titular do mais lido e mais influente blog mantido no Maranhão, foi assassinado de maneira brutal e covarde. Encontrava-se em um bar, na Avenida Litorânea, conversava ao telefone e preparava-se para jantar, quando foi covardemente executado por um matador de aluguel.

Décio Sá foi assassinado porque foi corajoso e exerceu o jornalismo com um grau de audácia pouco visto na profissão. Sem agredir, mas com linguagem firme, não fazia concessões quando tinha em mãos informações que revelassem desvios de dinheiro público. Fez dessa linha de ação uma identidade jornalística, que lhe deu respeito e prestígio, mas também atraiu a fúria dos bandidos que denunciava. As ameaças, no entanto, não o intimidaram, porque ele manteve sua dignidade, sua coragem e o seu senso jornalístico. Os bandidos não suportaram o peso das denúncias e resolveram eliminar o jornalista que não conseguiram intimidar.

O assassinato, negociado, programado, calculado e frio do jornalista chocou o Maranhão e o Brasil. Primeiro pela brutalidade – tiros de pistola de grosso calibre, arma de uso exclusivo da olícia -, pela covardia – foi atingido primeiro pelas costas – e pela frieza do assassino. E depois pela revelação do que estava por trás do assassinato: uma rede de agiotas que explorava principalmente prefeitos corruptos e que estava incomodada com as revelações publicada no blog pelo jornalista.

Além do fato em si, chocou mais ainda a revelação de que os mandantes – os agiotas José de Alencar Miranda e Gláucio Alencar, pai e filho – contrataram, por intermédio de um bandido menor, conhecido como Júnior Bolinha, um matador que começa a se notabilizar como um psicopata de frieza extrema, que tira vida por dinheiro e por prazer. Todas as avaliações feitas até agora da personalidade de Jhonatan de Sousa Silva, natural do Pará, o identificam como um assassino extremamente frio, com traços que revelam sua personalidade de criminoso consciente e que em alguns momentos debocha das vítimas.

A eficiência da polícia, incentivada pela indignação da sociedade, resolveu o caso mais rapidamente do que muitos imaginavam. Jhonatan se Sousa foi preso numa operação de combate ao tráfico de drogas, mas acabou confessando ser o assassino de Décio Sá. Seus depoimentos levaram aos mandantes, que foram imediatamente presos. Agora, o caso chega à fase decisiva, quando a Justiça, depois do trabalho da polícia, finalmente dirá a pena de cada um dos envolvidos. Eles devem responder à sociedade por assassinato e agressão, já que enriqueceram às custas do dinheiro público que deveria ter sido usado para melhorar a vida dos cidadãos de municípios pobres.

Editorial do jornal O Estado do Maranhão