Foram inúmeras as discussões e análises sobre o posicionamento de Edivaldo em perfis no facebook, twitter e em blogs da capital. É quase unânime nesses espaços, a aprovação da medida.
Edivaldo decidiu não mais montar a Passarela do Samba após a União das Escolas de Samba do Maranhão (Uesma) – que representa as agremiações da capital -, ter se recusado a participar da festa carnavalesca sem o pagamento de cachês às escolas. Caso aceitasse o chororô das agremiações e dos blocos tradicionais, Edivaldo teria que tirar dos cofres públicos, nada menos que R$ 1 milhão, só para cobrir a “ajuda de custos” daqueles que fazem a já viciada cultura maranhense.
O prefeito acertou em não montar a passarela e destinar recursos à saúde e acertou em romper com essa prática de ‘patrocínio-agrado-público’ às agremiações que fazem o carnaval de São Luís. Se as escolas querem mesmo fazer o carnaval, que procurem meios [e há muitos] para arrecadarem recursos ao longo do ano e apresentarem isso a cada fevereiro.
Mesmo assim, na época, o então presidente da entidade, senhor Nilson Brasiliano ainda chegou a conceder entrevista a uma rádio local cobrando investimentos do Governo do Estado e da Prefeitura de São Luís, para que a escola conseguisse adquirir “as mínimas condições de desfile”. É como se o Poder Público fosse responsável pela pouca ou total falta de infraestrutura do barracão da escola. Aliás, as escolas passam o ano todo sem qualquer investimento em suas sedes.
A Func informou que a média de ‘ajuda de custos’ às agremiações no período do carnaval, é de R$ 40 mil.
A festa carnavalesca nasce do seio popular e do seio popular deve se manter. É óbvio, se a sociedade tiver o interesse em continuar prestigiando tal manifestação. Carnaval não é e não deve ser prioridade de investimentos do Poder Público, a não ser em locais onde há gigantesco retorno financeiro. Por isso, que torçam o nariz, mas acertou Edivaldo em não ceder às escolas e sequer montar a passarela.
* Ronaldo Rocha