Deputado Neto Evangelista

Um debate que começou em tom irônico e terminou com uma grave denúncia, drug marcou a semana na Assembleia Legislativa do Maranhão. A discussão, percebida por poucos, foi entre os parlamentares Neto Evangelista (PSDB) e Tatá Milhomem (PSD).

Quando o presidente da Casa, Arnaldo Melo, iria iniciar a votação da Ordem do Dia na Sessão Ordinária da terça-feira (13), o jovem deputado Neto Evangelista, em tom irônico, mas de brincadeira, pediu que o presidente pudesse aguardar a chegada de alguns colegas que estavam nos gabinetes e a caminho do Plenário para a votação.

“Eu ouvi Vossa Excelência dizendo: Ordem do Dia. Eu vim correndo do gabinete para cá. Eu consigo chegar correndo aqui, mas há alguns companheiros, tipo deputado Tatá Milhomem, que não vai conseguir chegar correndo, aqui no Plenário”, brincou Evangelista.

Milhomem não gostou da brincadeira e devolveu: “Eu gostaria que Vossa Excelência acatasse o pedido do nobre, eminente, jovem deputado, mas dissesse a ele que ele fosse assíduo dentro da Casa e que não tergiversasse sobre os seus direitos e deveres. O povo o elegeu para estar presente, não para ser chamado”, alfinetou.

Ao invés de permanecer calado, Neto Evangelista, para piorar sua situação, quis esticar o assunto. “Sou um deputado assíduo, só que nós estávamos em uma campanha de prefeito, aqui em São Luís, infelizmente, são os ossos do ofício, nós não podemos modificar”, finalizou.

Milhomem retrucou, foi ainda mais duro e fez uma grave denúncia. “Sou detentor das Atas das Sessões que Vossa Excelência faltou aqui. Vossa Excelência nem deputado é mais”, afirmou.

Pior é que todos que ouviram, inclusive o presidente Arnaldo Melo, fizeram ouvido de mercador, absolutamente ninguém quis levar o caso adiante. Afinal, nesses momentos, sempre prevalece, independente de Oposição e Governo, o espírito corporativista no parlamento maranhense.

Mas que ficou feio isso ficou.