“A Assembleia está posicionada para que este inquérito transcorra sigilosamente, sob pena de nós termos que convocar os secretários para cá”, afirmou em tom ameaçador.
A tentativa de blindagem da Assembleia é totalmente equivocada e desnecessária. O que Arnaldo Melo deveria exigir era uma apuração completa e colocar o parlamento maranhense a disposição das investigações, como inclusive fez o próprio Raimundo Cutrim, pois se existem criminosos ali, eles precisam ser extirpados, em prol dos demais e para o bem da sociedade.
Além disso, não existe nenhuma acusação formal contra o deputado Raimundo Cutrim, o que houve foi o vazamento do depoimento do executor do Décio Sá, e nele consta que Junior Bolinha, preso acusado de ter contratado o executor, informou para o executor que o parlamentar seria um dos mandantes do crime.
Do jeito que algumas pessoas estão conduzindo o caso, numa inversão de valores inimagináveis, daqui a pouco será o secretário Aluísio Mendes o investigado. Mendes tem feito sua parte e cumprido o seu papel e deveria receber de um órgão tão importante como a Assembleia Legislativa total apoio e jamais ameaças.
Vale lembrar para o agora atento Arnaldo Melo, que fez ouvido de mercador para os diversos palavrões soltados por Raimundo Cutrim na Tribuna, que não foi o Aluísio Mendes e muito menos a imprensa que disse que na Assembleia existiam bandidos, mas sim um outro parlamentar, o deputado Hemetério Weba (PV).
“Agora, aqui tem gente que não pode ser investigado nesta Casa, porque se investigar as coisas muda o rumo da história”, disse Weba da Tribuna, no dia 09 de maio (releia aqui).
Quem não resiste a investigação é bandido, é criminoso. Mas naquela oportunidade, Arnaldo Melo não tentou blindar os deputados e muito menos procurou saber quem eram esses deputados “citados” por Weba.
Só para lembrar Arnaldo Melo, quem não deve, não teme.