Weverton critica redução da maioridade penal em artigo no Correio Braziliense

por Jorge Aragão

CORREIOBRAZILIENSEO deputado Weverton Rocha (PDT) apresentou uma série de argumentos contra a redução da maioridade penal no Brasil, discount em artigo publicado nesta quinta-feira (25) pelo jornal Correio Braziliense. Para o parlamentar maranhense, buy é preciso debater criteriosamente a matéria, que deve ser votada no plenário da Câmara Federal no próximo dia 30.

“Devemos convocar especialistas, confrontar números, estudar legislações e experiências mundiais para decidir. A responsabilidade dos congressistas é produzir leis eficazes, efetivas, e não sugestões psicológicas”, disse ele.

Em importante espaço concedido pelo Correio Braziliense, Weverton Rocha lembrou no artigo que o adolescente brasileiro já é responsabilizado por qualquer ato contra a lei, e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê seis medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Para ele, o que precisa é a aplicação da lei.

“Não há dados estatísticos que comprovem ou indiquem a redução dos índices de criminalidade por meio do rebaixamento da idade penal. Ao contrário. O ingresso antecipado no sistema prisional expõe adolescentes a reproduzir a violência. As taxas de reincidência nas penitenciárias são de 70%, enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%”, argumenta o pedetista.

No artigo, Weverton Rocha também ressalta que o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com mais de 607 mil presos, perdendo apenas para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (673 mil). Com base nesses dados, o deputado afirma que o sistema penitenciário brasileiro não cumpre função de reeducação. “Ao contrário, é uma autêntica academia do crime”, enfatiza.

Na opinião do deputado, a redução da maioridade penal só inverte o problema da violência, tratando o efeito, e não a causa, pois a maioria dos adolescentes é de vítimas, e não autores da violência, especialmente os mais pobres e negros. Considerando dados de 55 países, os jovens representam, em média, 11,6% do total de infratores. No Brasil, somam cerca de 10%.

Weverton Rocha externou, ainda, preocupação com os reflexos da redução da maioridade penal na legislação brasileira, informando que recentemente o Congresso Nacional aprovou leis que endurecem as penas para os crimes sexuais contra crianças e adolescentes e criminalizam condutas que colocam em risco a vida e a integridade física de vulneráveis. Ele ressalta que, com a imputabilidade aos 16 anos, não se considerará adolescente o indivíduo que tenha entre 16 e 18 anos de idade, podendo ser liberada para menores a venda de bebida alcoólica e cigarros, e a obtenção de habilitação para dirigir.

“As pesquisas indicam quase unanimidade pela redução da maioridade penal, mas não é pedagógico criarmos ilusionismo legislativo afirmando que a medida vai diminuir a violência, porque não vai”, finalizou ele.

Aluisio Mendes quer estender redução da maioridade penal a todos os crimes

por Jorge Aragão

aluisiomendes3Uma emenda à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a redução da maioridade penal no Brasil será apresentada pelo deputado Aluísio Mendes (PSDC) em plenário no próximo dia 30, sale data em que a matéria deverá ser votada na Câmara Federal. Ele vai propor que seja mantido o texto original da PEC, que previa a punição de todos os crimes cometidos por menores infratores na faixa etária de 16 a 18 anos de idade.

A PEC foi alterada na comissão especial criada na Câmara Federal para discutir o assunto. Na votação ocorrida quarta-feira passada, a maioria dos membros da comissão aprovou a redução da maioridade penal apenas para crimes hediondos, homicídio doloso, lesões corporais graves e roubo qualificado.

“Sou contra essa flexibilização da lei. Fui voto vencido na comissão e por isso apresentarei emenda em plenário, na votação prevista para o dia 30, propondo a manutenção do texto original da PEC”, acrescentou Aluísio Mendes. “Acho que lesão corporal de qualquer natureza deve ser penalizada”, disse.

Defensor da redução da maioridade, Aluísio Mendes argumenta que a impunidade estimula o crime organizado a cooptar adolescentes para as práticas criminosas, principalmente para o narcotráfico. “É a certeza da impunidade que incentiva a entrada de outros jovens na criminalidade. O Brasil precisa de leis mais rigorosas para enfrentar a violência que aterroriza a nossa sociedade, por isso continuaremos defendendo a redução para todos os casos”, finalizou o deputado.

Juscelino Filho confirma voto pela redução da maioridade penal

por Jorge Aragão

juscelinofilhonova1O deputado federal Juscelino Filho (PRP-MA), ampoule membro titular da Comissão Especial designada à emitir parecer à PEC 171-A/1993, sovaldi sale que altera a Constituição Federal reduzindo de 18 para 16 anos a imputabilidade penal do maior, prescription votou favorável à redução na sessão de ontem (17), na Câmara dos Deputados.

O parecer do relator, deputado Laerte Bessa (PR-DF) foi aprovado por 21 votos favoráveis e 6 contra. O documento prevê a redução para crimes hediondos, homicídio doloso, roubo qualificado e lesão corporal grave seguida de morte. Os crimes de menor potencial ofensivo continuam a ser regulados pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

De acordo com Juscelino Filho, um adolescente de 16 anos é capaz responder por seus atos: “Todos sabemos que dentro da “normalidade”, um adolescente de 16 anos tem suficiente informação para discernir entre o que é certo e o que é errado. Ele tem consciência de que deve respeitar a dignidade dos outros e é capaz de saber que não pode tirar a vida de ninguém. Portanto, se comete atos tão extremos tem que pagar por isso, de forma proporcional à gravidade do que fez, pelo tempo que for justo, inclusive após completar os 18 anos. É preciso uma solução dual, tanto para os efeitos quanto para as causas. Eu sou, portanto, favorável à redução da maioridade penal para 16 anos, nos crimes contra a vida e contra a dignidade da pessoa humana. Votei pelo sim.”.

Ainda na sessão de ontem, foi aprovado também, em votação simbólica, um destaque do deputado Weverton Rocha (PDT-MA) que aperfeiçoa a estrutura do sistema socioeducativo. Agora, a PEC 171 segue para o plenário da Câmara dos Deputados e deve ser votado, em primeiro turno, no dia 30 de junho.