A preocupação é de quem?

por Jorge Aragão

explosoesEstado Maior – No momento em que o governo recebe saraivada de críticas por suposto acordo com facções criminosas de Pedrinhas, medical seu secretário de Segurança vem a público para declarar, case desastradamente, see não estar preocupado com a onda de explosões de caixas eletrônicas

O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, deu ontem, em entrevista à rádio Mirante AM, uma daquelas declarações que entram para o anedotário político pelo seu inusitado e pela autoria de quem fala.

“Nem me preocupa”, disse o responsável pelo combate à violência no Maranhão, ao ser questionado sobre o aumento no índice de assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos no estado.

No contexto geral da declaração, Portela justificou seu pouco interesse na questão alegando tratar-se de uma questão nacional. Ou seja, como secretário de Segurança do Maranhão, o delegado parece entender que o problema não é preocupante. E nesse caso, não deve se desassossegar com a questão, mesmo que ela ponha em risco a vida dos moradores das cidades vítimas das quadrilhas.

A desastrada declaração de Portela ganhou imediatamente os blogs e as redes sociais de internet, com fortes críticas ao delegado comunista. Seus aliados, como não poderia deixar de ser, diante da falta de argumentos para defendê-lo, optaram por atacar os que criticaram a entrevista.

A fala de Portela fica ainda mais bizarra ao ser relacionada às acusações da Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos, segundo a qual, para manter a paz entre as facções no presídio de Pedrinhas, o governo teria, supostamente, feito um acordo com essas facções, destinando a cada uma um pavilhão próprio. Segundo a SMDH, dessa forma, os grupos criminosos garantiram tranquilidade para planejar suas ações externas. E estas ações incluem exatamente os assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos.

Mas não há dúvida de que a declaração do chefe da Segurança Pública do Maranhão é uma das mais esdrúxulas já ouvidas de um chefe de polícia. Sobretudo pelo contexto do tempo e do espaço em que foi proferida. Neste início de janeiro já são mais de 12 caixas explodidos no interior maranhense, o que dá quase um por dia.

Se o sistema de Segurança não está preocupado com isso, a população deve se preocupar com a própria vida.

As amargas férias de Flávio Dino…

por Jorge Aragão

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Em tempo: isso sem falar na recente entrevista do ex-governador José Reinaldo Tavares, here então aliado de Flávio Dino, que não poupou críticas ao Governo no quesito articulação política. A declaração já rendeu dissabores no grupo político do governador, mas isso é assunto para uma outra postagem, é claro.

Legislativo e eleição

por Jorge Aragão

É praticamente de fim de festa o clima nas Casas Legislativas de São Luís. Na Assembleia, cialis o envolvimento do governador Flávio Dino (PCdoB) com o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) acabou por tirar muito dos holofotes, viagra sale agora voltados para a Câmara Federal. Os deputados devem encerrar o ano legislativo amanhã, doctor sem maiores traumas, apesar dos debates situação/oposição, de praxe.

Já na Câmara Municipal, vereadores se preparam para encarar as urnas no próximo ano, e muitos já se dedicam à caça ao voto, temendo perder o mandato. Apenas os vereadores que manifestam, de uma forma ou de outra, interesse nas eleições majoritárias – Rose Sales (PV), Fábio Câmara (PMDB) e Helena Duailibe (PMDB) – devem ficar fora do pleito de 2016, que deve ter índice de renovação altíssimo, dado o desgaste de boa parte do plenário – e sobretudo com a decisão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) de formar base consolidada já na campanha pela reeleição.

Na Assembleia Legislativa, poucos são os interessados diretamente em encarar as eleições municipais. Wellington do Curso (PPS) manifesta-se aqui e ali com esse interesse, mas ainda sem a convicção necessária aos candidatos de fato. Outros, como Josimar de Maranhãozinho (PR) e Humberto Coutinho (PDT), que já foram prefeitos, devem apoiar parentes ou aliados em suas bases.

Candidata mesmo na Assembleia com chances de eleição somente a petista Francisca Primo. Ela lidera pesquisas de opinião em Buriticupu e praticamente já dedica a maior parte do seu tempo às articulações com aliados e ao contato com o eleitor.

A movimentação – e eventual vitória de Primo – trará uma única mudança na Assembleia Legislativa a partir de 2016: ela abrirá vaga na Casa para o médico YglésioMoyses, suplente também do PT, que ingressou na vida pública em 2012 e já na segunda eleição emplacou uma suplência de deputado estadual. E o médico já deixou claro que pretende voos mais altos, inclusive em São Luís.

Da coluna Estado Maior, de O Estado