A Prefeitura de São Luís lançou, nesta terça-feira (29), no Centro Ambiental da Ribeira, o programa “Recicla São Luís”. O evento teve a participação do prefeito Eduardo Braide acompanhado da vice-prefeita Esmênia Miranda, e consiste em uma parceria de cooperação com a Associação Brasileira de Indústria de Vidro (Abividro) e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que também tem o Ministério Público do Estado do Maranhão como um dos atores para implantação do ciclo do vidro no Município.

“São Luís coleta 30 toneladas de vidro por mês, e todo mundo na cidade precisa entender que o resíduo passa por um ciclo e precisa ser reaproveitado, e hoje damos um pontapé inicial com o lançamento desse programa, que será um marco para nossa cidade. Agradeço a todos os parceiros que estão envolvidos e que são fundamentais. Quanto mais sustentável é a cidade, maior é a capacidade de reutilizar e gerar renda e valor aos resíduos do Município. Vamos fazer de São Luís uma cidade cada vez mais sustentável”, destacou o prefeito Eduardo Braide.

Nesta fase do projeto, os resíduos de vidro recebidos nos 25 Ecopontos espalhados pela cidade e da coleta seletiva programada serão transportados por um operador logístico para beneficiamento e vai servir como matéria-prima para um novo ciclo produtivo das indústrias vidreiras. Nessa operação, serão retiradas aproximadamente 10 mil toneladas de resíduos de vidro recolhidos e separados pela Prefeitura de São Luís, que estão acumuladas no Centro Ambiental da Ribeira.

O programa é coordenado pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp), que também é responsável pela coleta dos resíduos e pelos 25 Ecopontos espalhados em toda São Luís.

“Foi dado hoje o pontapé inicial desse grande programa que vai revolucionar a forma como a gente trata o resíduo sólido na cidade de São Luís. Uma atividade na qual a Prefeitura está dando todo o suporte para que a gente possa fazer da logística reversa um hábito na vida das pessoas, fazendo com que os resíduos sólidos sejam reciclados de forma sustentável”, explicou o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, David Col Debella, que fez uma homenagem ao prefeito Eduardo Braide, às equipes da Semosp e às autoridades envolvidas no programa, com placas de honra ao mérito em reconhecimento às políticas de sustentabilidade executadas por cada um dos homenageados.

Essa articulação, além de potencializar a entrega do material para reciclagem, do consumidor final para a indústria, fortalece uma estrutura entre os entes privados que, conforme as legislações federal e municipal têm a obrigatoriedade de implantar sistemas que contribuam para a entrega do vidro pós-consumo para a indústria.

Entre esses entes privados está a Abrabe, que articula diretamente com os agentes consumidores de bebidas. A presidente da entidade explicou como isso se dá na prática. Outro agente que também contribui com todo esse trabalho é o Ministério Público do Maranhão (MPMA), que mantém políticas de incentivo à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente.

A presidente da Cooperativa de Resíduos Sólidos do Maranhão, Maria José Castro, está engajada há mais de 22 anos em cooperativas de reciclagem e sempre lutou para que o vidro tivesse o seu recolhimento adequado dentro da cadeia sustentável. A presidente agradeceu a iniciativa da Prefeitura de São Luís. “Graças ao prefeito Eduardo Braide essa luta de tantos anos agora será uma realidade. São muitos anos lutando por esse dia e hoje ele teve esse olhar diferente mostrando que quer uma cidade mais limpa”, agradeceu a presidente.

Agenda 2030 – Essa é apenas uma de outras iniciativas que estão sendo articuladas pela Prefeitura de São Luís, em consonância com a Agenda 2030, uma iniciativa global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e prosperidade.

Estimulando essa estruturação, São Luís cria viabilidade logística para toda a região iniciar operações parecidas, impulsionando o mercado da reciclagem no Maranhão e em toda a região da Amazônia Legal. Considerando que o vidro reciclado é uma matéria-prima que, em alguns casos na indústria é mais vantajoso economicamente reutilizá-lo, essa articulação da logística reversa incentiva as indústrias que conseguem absorver tais materiais, e fomenta uma economia circular que pode desenvolver ainda mais oportunidades.