O deputado estadual Duarte Júnior (PSB) jamais escondeu que seguirá a preferência do governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), e irá apoiar a pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) ao Palácio dos Leões.

No entanto, diante da declaração do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou que dificilmente apoiaria um candidato do PSDB, Duarte sugeriu que Brandão deixasse o partido e se filiasse no PSB, partido próximo do PT.

O ex-secretário de Esporte do Governo Flávio Dino, Márcio Jardim, demonstrou incômodo com a sugestão de Duarte para Brandão.

Jardim pregou respeito ao PT, já que entendeu que Duarte ofendeu os petistas.

O problema é que a crítica de Márcio Jardim foi para o endereço errado. Duarte não mentiu e não sugeriu nada do que não é feito costumeiramente. Se Jardim se incomodou com a sugestão, o correto seria cobrar do PT maranhense uma mudança de postura, não continuar sendo subserviente a quem comanda o Maranhão, afinal foi assim com Roseana e continua com Flávio Dino.

O próprio Márcio Jardim sentiu na pele, afinal foi exonerado da Secretaria de Esporte quando estava viajando a trabalho e sem saber o motivo. Mesmo diante do lamentável episódio, ninguém do PT ameaçou romper com o Governo Flávio Dino ou saiu em solidariedade a Jardim.

Sendo assim, se Jardim quer enquadrar alguém, precisa começar dentro do próprio PT, que sempre se apequenou no Maranhão e as urnas são a maior prova disso, afinal no estado onde Dilma e Lula sempre tiveram votações expressivas, o PT tem apenas um deputado estadual e um deputado federal.

É bem simples assim.