O senador e pré-candidato ao Governo do Maranhão pelo PDT, concedeu nesta terça-feira (18), entrevista ao jornalista Walace Brito da Rádio Mirante AM. Na entrevista, reproduzida no programa Ponto Final, Weverton falou sobre a tão esperada reunião do fim de janeiro, quando o governador Flávio Dino (PSB) deve “bater o martelo” e oficializar o nome do pré-candidato do grupo político dominante no estado.

“Minha expectativa é que nós possamos concentrar nossas forças em ajudar os maranhenses atingidos pelas enchentes, estou concentrado nessa agenda. Nessa reunião do dia 31 de janeiro, se ela acontecer, estaremos lá, mas eu tenho dito claramente que não quero ser candidato de um ou outro, mas sim o apoio, quero ser candidato do povo do Maranhão”, afirmou.

Weverton detonou a última reunião, ainda em 2021, quando Flávio Dino apontou a sua predileção pelo nome do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), como o candidato do grupo na disputa pelo Governo do Maranhão.

“Eu acredito que, com todo respeito, na última reunião o critério usado foi o de quem tá na cadeira. Só que durante o ano todo de 2021 o critério seria o estabelecido em uma carta pública e todo o Maranhão sabe que quem mais atende as esses critérios é o senador Weverton. No entanto, a carta foi desconsiderada como critério e estão debatendo uma adesão e não uma união”, destacou.

O senador maranhense também deixou claro que a tendência, mesmo que não seja o escolhido, é manter sua pré-candidatura e travar o embate contra o escolhido do grupo de Flávio Dino, provavelmente Carlos Brandão.

“A forma como vai acontecer será decisiva para o meu posicionamento. Se a escolha não atender o critério que estabelecemos no início, é óbvio que minha pré-candidatura é mantida e naturalmente iremos fazer uma disputa no campo democrático”, disse.

Sobre o apoio do PT e do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Weverton, que recentemente afirmou ser o melhor amigo de Lula no Maranhão, disse que é aliado raiz, mas que teremos muitos oportunistas de plantão para ter Lula e o PT no palanque.

“Dos pré-candidatos ao Governo do Maranhão, o raiz que sempre esteve ao lado do Lula foi o senador Weverton, mas teremos os nutelas, os oportunistas, que vão querer de uma hora para outra ser aliado do Lula”, finalizou.

Pelo visto, o anúncio do rompimento é questão de dias, afinal Weverton sabe que não será escolhido, Dino sabe que Weverton não aceitará a decisão e tudo isso ficará claro no dia 31 de janeiro, caso não tenha um novo adiamento, que beneficia apenas e tão somente o pré-candidato do PDT.